A equipe do Ministério da Economia, comandado por Paulo Guedes, já trabalha com a possibilidade de estender o Auxílio Emergencial de R$ 600 até o fim do ano, mais especificamente até o mês de dezembro de 2020. O benefício é destinado, sobretudo, aos trabalhadores informais e pessoas em situação de vulnerabilidade, que tiveram a renda diretamente afetada com a crise gerada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19).

A decisão é pensada, tomando como base a demora nas discussões sobre a criação do novo programa social do governo, que foi batizado de Renda Brasil, e sob o impacto dos ganhos de popularidade do presidente Jair Bolsonaro.

O estudo da prorrogação do benefício foi revelado na segunda-feira (3), pelos jornais “O Globo” e “Estadão”.

Bolsonaro

No domingo (2), durante visita a uma padaria em Brasília, Bolsonaro criticou os governadores em relação as medidas adotadas no enfrentamento do novo coronavírus e, inclusive, chegou a falar que não era possível o governo federal estender o Auxílio Emergencial. Segundo o mandatário brasileiro, isso seria “arrebentar” a economia do país.

“Alguns [governadores]estão defendendo o Auxílio Emergencial indefinido. Esses mesmos governadores que quebraram seus estados. Só que por mês dá R$ 50 milhões. Vou arrebentar com a economia do Brasil”, disse o presidente na ocasião.

Ministério da Economia

Na visão do Minsitério da Economia, para evitar que o rombo nas contas públicas neste ano atinjam R$ 1 trilhão, a ideia do governo é negociar com o Congresso um valor menor, entre R$ 200 e R$ 300. Mas, para modificar o repasse, é preciso aval dos parlamentares.

Ao longo da semana passada, alguns economistas do mercado financeiro enxergavam nas viagens de Bolsonaro um sinal de que não haveria clima para encerrar o Auxílio Emergencial.

Um argumentos de destaque utilizado pela equipe econômica para reduzir o valor do benefício, é o de que já há sinais de retomada para muitos setores.

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