O interrogatório dos integrantes da banda New Hit, previsto para esta quarta-feira (20), não será realizado, é o que informa em nota, o Tribunal de Justiça da Bahia. Ainda de acordo com o órgão, o pedido de adiamento foi feito pelos advogados dos integrantes da banda e deferido pela juíza Márcia Simões.

De acordo com a assessoria do TJ, a razão de adiar o interrogatório se deve ao fato de que todas as testemunhas precisam ser ouvidas antes dos suspeitos.

De acordo com a instituição, o interrogatório dos nove músicos e do policial militar que fazia a segurança do grupo está previsto para os dias 3,4 e 5 de setembro. Na manhã desta quarta-feira (20), será colhido o material genético dos músicos para confirmação se as secreções encontradas nas roupas das vítimas são, de fato, dos integrantes da banda de pagode.

Exame de DNA

A promotora Mariza Jansen solicitou à juíza a realização do exame de DNA dos integrantes do grupo de pagode New Hit, suspeitos de estupro a duas garotas, para apoiar a confirmação das provas, durante audiência de instrução na cidade de Ruy Barbosa na terça-feira (19), que ocorre pelo segundo dia seguido. "A defesa acolheu, porém o material ainda não foi coletado", disse. As sessões acontecem no fórum Edgar Mendes Quintelas.

Uma das adolescentes que denunciou o caso prestou depoimento por mais de quatro horas, encerrado por volta das 19h desta terça-feira. A outra jovem já havia prestado depoimento na segunda-feira (18). O conteúdo dos depoimentos não é revelado pela Justiça.

Para o advogado dos músicos, a defesa depende do relato das duas garotas. "A preocupação da defesa é realmente os depoimentos das meninas. Se elas falarem a verdade, o que realmente aconteceu, certamente culminará na absolvição do nosso cliente", disse o advogado Dênis Leão.

Além dela, foram ouvidas outras três conselheiras tutelares neste segundo dia de audiência, além de uma soldado da Polícia Militar, que atendeu a queixa das garotas no dia 26 de janeiro, quando teria ocorrido os estupros, e uma testemunha de defesa dos réus.

Duas testemunhas intimadas não foram localizadas. Segundo o TJ-BA, 37 pessoas que moram em outras cidades devem ser ouvidas por carta precatória. O interrogatório dos réus foi adiado a pedido da defesa. A audiência é presidida pela juíza Márcia Simões e acontece até a quarta-feira (20).

Pela manhã, os integrantes da banda chegaram ao fórum sob protestos de mulheres. A polícia reforçou a segurança para impedir que as manifestantes se aproximassem dos suspeitos. No primeiro dia, eles também foram recebidos por gritos e vaias.

Testemunhas do caso prestam depoimento em audiência de instrução desde segunda-feira. A ação da Justiça acontece até quarta-feira (20) e é presidida pela juíza Márcia Simões. Ao todo, seis pessoas prestaram depoimento na segunda-feira. A última pessoa a ser ouvida foi um dos músicos da banda. Até a quarta-feira, 32 pessoas devem ser ouvidas sobre o caso. as informações são G1 Bahia.