julgamento dos músicos da banda New Hit foi adiado para setembro. A juíza titular de Ruy Barbosa (distante a 320 km de Salvador), Márcia Simões, acatou o pedido dos advogados dos réus, já que duas testemunhas de defesa não foram encontradas para serem intimadas. Com isso, a juíza não pôde encerrar a fase de coleta de depoimentos e iniciar o interrogatório dos réus.

Outras 37 testemunhas, que moram em outros municípios, vão depor através de carta precatória, de acordo com o Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA). Nos dois dias de julgamento foram ouvidas testemunhas de acusação e defesa, além das duas adolescentes que acusam os músicos de estupro. O crime teria acontecido dentro de um ônibus da banda, após show na cidade, em agosto de 2012.

Fórum – Apesar da suspensão da audiência, os réus estiveram no fórum da cidade nesta manhã para coleta de material genético para o teste de DNA que será comparado com o material recolhido nas meninas.

Integrantes da Marcha Mundial das Mulheres mantêm protesto na frente do fórum. Elas receberam nesta manhã uma carta das adolescentes em agradecimento ao apoio das manifestantes. Nos dois dias de julgamento, as feministas acamparam em Ruy Barbosa e protestaram em frente ao fórum pedindo justiça para o caso.

A carta foi entregue por representantes do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente da Bahia (Cedeca-Ba), que acompanharam o julgamento.

Entenda o caso – Os nove músicos são acusados de violentar duas fãs adolescentes dentro do ônibus da banda após show na micareta de Ruy Barbosa. De acordo com a denúncia, elas entraram no veículo para pedir autógrafo aos integrantes da New Hit.

Os músicos foram presos em flagrante e ficaram detidos até 3 de outubro. Em setembro, um laudo médico atestou a presença de esperma nas roupas das adolescentes, além do rompimento do hímen (virgindade) de uma das garotas.

Um soldado da Polícia Militar também é acusado de ter sido conivente com o crime.