Argentino Paulo Rosales se destacou no jogo-treino (Foto: Jayme Brandão/Divulgação/Esporte Clube Bahia)
No primeiro jogo-treino da intertemporada, o Bahia venceu o Atlântico-BA com facilidade. Na goleada do Tricolor por 7 a 0, alguns jogadores se sobressaíram. Entre eles, o meia Paulo Rosales e o atacante Adriano. A dupla, que não teve a oportunidade de estrear, teve atuação destacada. O meia sofreu o pênalti convertido por Obina e o atacante fez dois gols. Ao final da atividade, o técnico Jorginho elogiou o desempenho dos atletas, mas fez questão de pedir cautela.
O treinador do Bahia lembrou o curto período dos dois jogadores no Fazendão. No caso do argentino Paulo Rosales, Jorginho ainda destacou a diferença cultural e as barreiras que o jogador tem enfrentado em Salvador.
– É muito cedo. Antes que vocês endeusem o Rosales, é o seguinte: o argentino almoça tarde e janta, normalmente, 21h. Isso tudo é uma diferença grande. A grama à qual ele está acostumado, o tipo de treinamento, é tudo diferente. Ele está sofrendo. Então ele precisa de tempo para se adaptar, tempo para conhecer. Tem algumas palavras que o pessoal fala que ele não entende. Ele pediu uma caneleira e ninguém entendeu. Ele teve que ir lá buscar. Tenham um pouco de paciência – avaliou Jorginho.
Já no caso de Adriano, o treinador do Bahia comentou que o jogador se destacou com a camisa tricolor durante a Série B do Campeonato Brasileiro de 2010. Para Jorginho, jogar a Primeira Divisão é uma outra realidade, e o atacante pode sentir a diferença.
– Adriano disputou aqui uma Série B, que é completamente diferente da Série A. Tem atletas que vão bem na B e não vão bem na A e também o contrário. Então tenham paciência. A certeza é que, quando eles entrarem em campo, vão se dedicar muito pelo Bahia – afirmou.
Tanto Paulo Rosales quanto Adriano ainda não foram regularizados junto à Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O gerente de futebol do Bahia, André Araújo, informou no começo desta semana que o meia precisava de procedimentos com a Polícia Federal para conseguir o visto de trabalho no Brasil. No caso de Adriano, a única pendência era o envio do Certificado de Transferência Internacional (ITC) por parte do Dalian Shide, da China.