De acordo com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), ele estima uma rápida posição oficial do governo, nos próximos dias, no que diz respeito a tentativa de prorrogação do pagamento do Auxílio Emergencial de R$ 600, como também sobre a criação de um programa de renda básica para se iniciar a discussão de como viriam os recursos para isso, sem afetar o teto de gastos.
“Temos de esperar a posição oficial do governo sobre esse assunto. A gente sabe que o auxílio foi fundamental, urgente e teve um impacto muito grande para milhões de brasileiros”, disse Maia.
“Nessa nova fase, o governo vai precisar apresentar sua posição em relação às condições que tem o governo federal sobre como prorrogar, em qual valor, para que a gente saiba qual impacto que isso tem nas contas públicas”, acrescentou.
Maia ainda frisou que o governo do presidente Jair Bolsonaro precisa estudar de onde conseguirá cortar despesas públicas, antes de definir qual o alcance do programa.
“Governo quer acabar com o seguro-defeso, o abono salarial, cortar os recursos do sistema S. O governo tem base para fazer isso? Isso é que precisa avaliar primeiro”, pontuou Rodrigo.
O presidente da Câmara ainda assegurou que, caso o overno federal misture muitas coisas dentro da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos gatilhos do Teto de Gastos, a decisão “acabará não passando nada”.
A proposta do pacto federativo no Senado será reformulada para abrigar o Renda Brasil e a desoneração da folha salarial. O rearranjo faz parte da estratégia do ministro da Economia, Paulo Guedes, para viabilizar os programas de interesse do presidente Jair Bolsonaro sem furar o teto de gastos.
Por fim, Rodrigo Maia voltou a defender a manutenção do teto de gastos, e garantiu que o governo pode ter espaço no orçamento primário para cancelar algumas rubricas e criar outras para investimento.