Lucas Karr, o nome de batismo do rapaz, que ficou conhecido na Bahia como Kart Love, o príncipe do arrocha, toca desde os 10 anos e já fez parte de uma banda de rock e samba.
Ele conta que conheceu o arrocha se apresentando em um bloco, logo após os shows da banda de samba da qual ele era baterista. "Na época nem tinha o Love do nome, o meu apelido é Kart. Ele surgiu porque nesse bloco eu dava rosas para as meninas, ai virou kart Love por isso", ri. Questionado sobre a grande mudança de ritmos, do rock para o arrocha, o cantor se diverte," Aí que tá, não tem mudança não. (Risos) É o mesmo objetivo, falar de amor, sempre", explica.
Confira a conversa que o Chame Gente teve com o cantor
Chame Gente: Quando você começou a cantar?
Kart Love: Canto rock desde os 10 anos de idade, já tive até uma banda. Depois, na adolescência, tocava bateria em uma banda de samba.
Chame Gente: Como começou a sua relação com o arrocha?
Kart Love: Sempre gostei de arrocha. Rock e arrocha tem tudo a ver. Pegue a letra dos Beatles, faça a tradução e pegue as letras de Pablo. Todas falam de amor, é o mesmo assunto.
Chame Gente: E por que essa mudança tão drástica, do rock para o arrocha?
Kart Love: Aí que tá, não tem mudança não. (Risos) É o mesmo objetivo, falar de amor, sempre. Talvez haja alguma diferença musicalmente, na questão do ritmo. Mas eu sempre ouvi e toquei de tudo, do rock ao pagode passando pelo samba. De Silvano Salles a Audioslave, por exemplo. E eu procuro trazer essas referências do rock para o meu arrocha, meu baterista usa pedal duplo, por exemplo, fazemos mesclagens, procuramos esse diálogo com o metal, fazer umas coisas diferentes, Calcinha Preta também faz muito isso, com as versões de rocks consagrados, como Scorpions.
Chame Gente: Você acha que esses ritmos "universitários" vão ter futuro?
Kart Love: Eu acho que tudo que tem qualidade vai continuar. Eu acho que a música romântica não tem prazo de validade, é uma coisa sempre atual. Se fizer um trabalho com qualidade eu acho que permanece. Fonte: A Tarde