A imprensa internacional aponta o italiano Angelo Scola como o favorito à sucessão do papa emérito Bento XVI, mas outros nomes aparecem na lista de mais cotados para receber votos no conclave, que começa nesta terça-feira, 12.
Veja quem são esses cardeais:
– Angelo Scola, 71, é um dos mais cotado para ser eleito Papa. O arcebispo de Milão é visto como um erudito por alguns setores da Igreja e é egresso da escola teológica da revista Communio, cofundada por Joseph Ratzinger. É presidente da fundação Oasis, um fórum de debate entre representantes do cristianismo e islamismo, defendendo o respeito mútuo;
– Odilo Scherer, 63, o brasileiro é considerado conservador. Ele também é apontado pela mídia internacional como um dos mais cotados para ser eleito o novo papa. Odilo Scherer foi indicado por Bento XVI para ser arcebispo de São Paulo, a terceira maior arquidiocese do mundo. Se envolveu em uma polêmica na eleição da reitoria da PUC-SP em 2012 ao escolher o terceiro colocado de uma lista tríplice. Na ocasião, estudantes se revoltaram e invadiram a universidade, mas Dom Odilo manteve sua posição e manteve sua escolhida Anna Cintra como reitora. Também causou polêmica ao contestar a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), em 2012, de legalizar o aborto de anencéfalos;
Saiba quem são os favoritos ao papado
– Marc Ouellet, 60 anos, cardeal canadense, é prefeito da Congregação para Bispos do Vaticano. É considerado conservador e já afirmou que é contra o aborto mesmo em caso de estupros. Por outro lado, condenou os casos de abuso sexual envolvendo religiosos. Ele considerou os abusos "um crime". Fala seis idiomas: inglês, francês, espanhol, português, italiano e alemão;
– Peter Turkson, 63 anos, de Gana, provocou polêmica ao contestar declarações de Ban Ki-Moon sobre leis anti-homofobia em Gana. Ele disse que os direitos humanos defendidos para prisioneiros políticos não seria os mesmos para homossexuais;
– Christof Schönborn, 70 anos, austríaco, é considerado liberal por suas declarações nos últimos anos. Ele já defendeu que o celibato seja revisto, criticou a atuação da Igreja nos escândalos sexuais e diz que a relação homoafetiva deve ser respeitada na Igreja;
– Luis Tagle, 55, é arcebispo de Manila, nas Filipinas. Tem forte atuação em projetos sociais contra a pobreza, além de ser crítico do programa oficial filipino que forneceu acesso a métodos contraceptivos;
– Timothy Dolan, 63, o arcebispo de Nova York é considerado conservador em questões como homossexualidade e aborto. Ele é apontado pela revista Times como uma das cem pessoas mais influentes dos Estados Unidos;
– Tarcisio Bertone, 78, é secretário de Estado do Vaticano. O italiano é considerado conservador por conta de suas declarações polêmicas sobre pedofilia. Ele é contra a lei que obriga bispos a denunciar padres envolvidos em casos de abuso sexual de crianças;
– Gianfranco Ravasi, 70, é cardeal do Conselho Pontifício de Cultura da Itália. Ele defendeu a compatibilidade entre a teoria evolucionista com a Bíblia. De acordo com ele, Darwin e sua obra "A Evolução da Espécie" não foram condenados pela Igreja. Gianfranco defende a aproximação com outras religiões;
– Oscar Maradiaga, 70, é reconhecido por seu envolvimento em causas sociais em Honduras. Já foi porta-voz do Vaticano no FMI e Banco Mundial para negociar dívidas de países pobres;
– Leonardo Sandri, 69, foi porta-voz de João Paulo II e foi ele que anunciou na Praça de São Pedro a morte de João Paulo II. O argentino vive fora do seu país desde os anos 70, quando foi para Roma estudar. É prefeito das Igrejas Orientais e já autou em Madagascar, Venezuela, México e Estados Unidos. Fala inglês, francês, alemão, italiano e espanhol;. Fonte: A Tarde