Há cerca de três meses da Copa das Confederações, não há definição se a venda de acarajé será permitida dentro da Arena Fonte Nova, em Salvador, e no seu entorno durante a competição. Também não há posicionamento sobre o comércio do quitute – um dos patrimônios imateriais do Brasil – na Copa de 2014.
Na quarta-feira, 13, representantes da Fifa estiveram na capital baiana para a última vistoria do estádio antes da Copa das Confederações e se reuniram com integrantes do Escritório Municipal da Copa de 2014 (Ecopa), mas, de acordo com a assessoria da Ecopa, o tema não foi discutido.
Segundo a mesma assessoria, não há previsão para o assunto ser definido. Enquanto isso, as baianas – que tiveram sua importância reconhecida com o tombamento do acarajé em 2005 pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) – continuam sem saber como será o papel delas nas duas competições esportivas.
"As baianas ainda não tiveram informações da Fifa ou de qualquer parte do governo", reclama Rita Santos, presidente da Associação das Baianas de Acarajé e Mingau do Estado da Bahia (Abam).
A Lei Geral da Copa garante exclusividade comercial aos parceiros da Fifa dentro do estádio e no perímetro de até 2 quilômetros fora da Arena.
A falta de autorização para o tradicional bolinho baiano movimenta a internet. Desde outubro de 2012, um abaixo-assinado publicado na plataforma internacional Change-org, pede apoio para a causa das baianas. O documento conta com 8.270 assinaturas a favor do acarajé nos estádios.
Em novembro do ano passado, o assunto também foi discutido em sites internacionais e virou samba. Fonte: A Tarde