A cozinha do Hospital Geral de Camaçari, denunciada na imprensa baiana por conter irregularidades de higienização dos alimentos, infiltrações, mofo e lixo espalhados foi inspecionada no último domingo (17), por representantes do Ministério Público estadual, do Conselho Regional de Medicina (Cremeb) e do Conselho Regional de Nutricionistas da 5ª Região.

A visita foi documentada através de fotografias e assim que sejam recebidos os relatórios do Cremeb e do CRN5, que instruirão um inquérito civil sob a presidência da promotora de Justiça Thiara Rusciolelli, as providências cabíveis serão adotadas, informou o Ministério Público estadual.

De acordo com o coordenador do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde (Cesau), promotor de Justiça Rogério Queiroz, atualmente, existe apenas um tapume na entrada do refeitório e na cozinha, os servidores preparam as refeições em um cenário com pisos destruídos e sujos, esgoto correndo, baldes sem tampa, instalação hidráulica e elétrica precária e alimentos espalhados inclusive em caixotes no chão. Segundo o Ministério Público estadual, a situação do hospital já foi noticiada pela imprensa e não houve mudanças (o que foi constatado pela inspeção) mesmo tendo a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) anunciado que uma licitação foi realizada para fazer as reformas necessárias.

Além de Queiroz, o grupo foi composto por Thiara Rusciolelli, promotora de Justiça de Camaçari que será responsável pelo inquérito civil; José Abelardo Garcia de Meneses, Tereza Cristina Santos Maltez e Marco Antônio Cardoso de Almeida, respectivamente presidente, vice-presidente e corregedor do Cremeb; Valquíria da Conceição Agatte e Izabelle Gasparini, respectivamente presidente e fiscal do Conselho Regional de Nutricionistas da 5ª Região; Nair Amaral, médica assistente do MP, além de servidores do MP em Salvador e Camaçari.

Por Giovanna Reyner com informações I Bahia