A despedida é um reencontro. Na última partida do Bahia em Pituaçu neste Campeonato Baiano, Adriano Michael Jackson volta ao estádio que estreitou sua relação com a torcida tricolor. Em 2010, o atacante foi um dos pilares do acesso à Série A do Brasileiro com 15 gols. Pasmem: 14 deles marcados no estádio que abrirá espaço para a moderna Arena Fonte Nova a partir do Ba-Vi, dia 7 de abril.
“Pituaçu é minha casa e fico feliz em considerar isso. Espero que este domingo repita a mesma dose de 2010”, solta o camisa 11, que reestreou longe de “sua casa”, no empate em 1×1 com o Vitória da Conquista, no Sudoeste do estado. No domingo, estará de volta ao lar para enfrentar a Juazeirense.
“Dentro de casa quem manda é a gente. O mando de campo é da gente, então temos que mostrar o que sabemos. A torcida pode esperar que domingo a gente faça uma partida melhor, com vitória. Vamos acertar o que a gente errou lá, chegar em Pituaçu e fazer uma boa partida”, disse.
Mas o Bahia precisa melhorar, e muito, porque a impressão deixada no primeiro jogo não foi das melhores. Depois de 38 dias de treino, a equipe do técnico Jorginho voltou a repetir erros antigos, que resultaram na eliminação tricolor na Copa do Nordeste ainda na primeira fase. Faltou marcação atrás e organização no setor ofensivo.
Às 16h de domingo, no entanto, a tendência é que o torcedor azul, vermelho e branco veja um time diferente. Na defesa, Danny Morais retoma o lugar ao lado de Titi. Brinner, com dores musculares, não participou dos primeiros dois treinos da semana e perdeu espaço. Enquanto isso, o lateral-esquerdo Magal, contratado junto ao Flamengo, roubou a posição de Jussandro.
A principal modificação tática, contudo, acontece na frente. Hélder ainda está com o tornozelo muito inchado e dificilmente estará em campo. Bom para o meia-atacante Marquinhos, escolhido por Jorginho para ser o substituto. Com isso, o time, além do argentino Rosales, ganha mais um homem para armar as jogadas. “Marquinhos gosta muito de chegar à linha de fundo para fazer as tabelas. Gostei quando ele entrou no último jogo e tenho certeza que vai nos ajudar”, diz Adriano Michael Jackson.
De acordo com o atual camisa 11, ele e Obina deverão aparecer mais com a nova formação. “Fico triste pela lesão de Hélder, que cadencia e cria bem as jogadas. Mas Marquinhos também se movimenta bem e pode nos dar oportunidades no ataque”, acredita. A fase dos atacantes é ruim. Dos sete gols marcados em sete jogos este ano, cinco foram de volantes: Fahel (3), Diones, Kléberson. Jéferson e Souza fizeram os outros. Fonte: IBahia