O Brasil faz contra a Rússia, às 16h30 (TV Bahia), a 11ª partida em Londres desde 2006. É na capital inglesa que a Seleção mais vezes jogou desde que virou penta, em 2002. A explicação é uma mistura de política e negócios. Por pressão dos clubes europeus, a Fifa limita a distância das viagens para amistosos; e, por dinheiro, a CBF decidiu repassar os direitos de organizar os amistosos da Seleção.

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Assim, de 2006 até setembro do ano passado, a empresa suíça Kentaro foi responsável por marcar as partidas. O primeiro contrato, por exemplo, previa, US$ 1,2 milhão (cerca de R$ 2,5 milhões) por cada um dos cinco amistosos.

Insatisfeita com o contrato, a CBF, em outubro do ano passado, anunciou acordo com a inglesa Pitch International: são 20 jogos até a Copa de 2014. A Pitch tem poder de escolher rivais (a CBF influencia a escolha de acordo com o desejo da comissão técnica) e negociar os direitos de transmissão dos jogos, patrocínios, disponibilização dos ingressos e outros aspectos comerciais. Não é divulgado o valor recebido pela CBF por cada amistoso.

Como sede do Mundial, o Brasil fica fora das eliminatórias, o que agrava o problema de atuar diante da torcida. Neste mesmo período, foram apenas 16 amistosos no Brasil, divididos por 11 cidades – em 2010, a Seleção passou o ano inteiro sem jogar aqui. No país, as recordistas são Rio de Janeiro e São Paulo, com três cada; e Recife e Goiânia, com dois. Depois, com um, vêm Salvador, Belo Horizonte, Porto Alegre, Belém, Campo Grande e Gama, no Distrito Federal.

Tempero

Hoje, o amistoso será especial para o zagueiro David Luiz, o volante Ramires e o meia Oscar. O jogo contra a Rússia é em Stamford Bridge, casa do Chelsea, clube que o trio defende. Para o lateral Marcelo, a cidade também traz sorte. Foi lá que ele estreou, contra País de Gales, em 2006. Fonte: Correio