Quem trafega pela região do Terminal Rodoviário de Salvador precisará ter um pouco de paciência. O trânsito está congestionado no local por conta de um protesto de motoristas de ônibus que prestam serviço para a empresa Expresso Brasil, que transportam trabalhadores na região do CIA/Aeroporto.

O protesto começou por volta das 10h, ainda na estrada do CIA. Eles dirigiram em fila até a estação rodoviária de Salvador, atrapalhando o fluxo de veículos e bloqueando a entrada de veículos na rodoviária. Não há previsão para fim do protesto.

Segundo os manifestantes, os veículos não foram aprovados na vistoria realizada pela Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba) e, hoje, seis proprietários tiveram os veículos apreendidos.

"Ela [Agerba] diz que nossos veículos são velhos, mas cuidamos dos nossos carros. Tem empresa com ônibus mais velhos que os nossos, mas que estão liberados para rodar. Até empresas de foras, que estão chegando agora, estão liberadas. É uma falta de respeito com o trabalhador daqui", reclama Nelson Jurandir, que tem um coletivo e faz transporte de passageiros.

Ainda de acordo com os manifestantes, alguns proprietários tiveram o pedido negado mais de uma vez. Ele acusaram, ainda, que um policial militar, da Rondesp, abordou motoristas alegando solicitação da agência.

Já o diretor-executivo da Agerba, Eduardo Pessoa, disse ao Correio24horas ter se surpreendido pelo protesto. Segundo Pessoa, existe uma negociação com o grupo e que o prazo para regularização foi estendido até o dia 31 de maio.

"Fiquei surpreso com o que estão fazendo conosco. Nem o representante deles foi informado dessa manifestação. Liguei para ele para averiguar isso, já que temos uma parceria com a categoria e estamos extremamente consciente com as necessidades deles", comentou Eduardo Pessoa.

Ainda de acordo com ele, os motoristas fazem parte da Cooperativa dos Proprietários Autonomos de Ônibus e Veículos do Estado da Bahia (Cooperbus), que não tem registro na Agerba e também não possuem autorização do Ministério do Turismo para fazer viagens eventuais.

"Toda a ação da Agerba é acompanhada pela Polícia Rodoviária Estadual ou Polícia Federal. Temos um convênio assinado. Nos não temos nenhum relação com a Rondesp", explicou Pessoa, em relação ao que os manifestantes alegam. Pessoa alerta ainda que a Polícia Militar, sozinha, não pode apreender veículos irregulares sem a Agerba, pois, para isso, é necessário a documentação expedida pela Agência. Fonte: Correio