O empresário Eike Batista acertou acordo para vender mais 24,5% de sua empresa de energia elétrica MPX para a alemã E.ON, numa operação de R$ 1,5 bilhão, que prevê uma capitalização de R$ 1,2 bilhão da companhia.
A venda da fatia, que eleva a participação da E.ON na MPX para 36,2%, ocorre em um momento em que o empresário busca recursos para financiar os projetos de sua série de empresas, em meio à desconfiança de investidores diante de atrasos em projetos e resultados operacionais abaixo do esperado.
Pelo acordo, a E.ON comprará a participação adicional na MPX equivalente a 141,54 milhões de ações da empresa, a um preço base de R$ 10 por papel que poderá ser ajustado para até R$ 11. As ações da MPX encerraram na quarta-feira cotadas a R$ 9,69.
Após a conclusão da aquisição, o conselho da MPX vai avaliar uma oferta pública primária de ações para captação de recursos que fará o capital social da companhia ser elevado em pelo menos R$ 1,2 bilhão. O preço dessa operação foi definido em R$ 10 por ação.
A E.ON se comprometeu a subscrever o equivalente a R$ 366,72 milhões das novas ações a serem emitidas e o BTG Pactual, recentemente tornado assessor financeiro de Batista, vai organizar a operação.
O BNDES, que é acionista com 10,34% do capital da MPX através do seu braço de investimento BNDESPAR, informou em nota que "entende que a operação é positiva para a MPX, uma vez que a oferta pública permitirá captar novos recursos que contribuirão para melhora da estrutura de capital da companhia e consecução do plano de investimentos, reforçando sua estratégia de crescimento no setor elétrico brasileiro".
O banco informou ainda que analisará a possibilidade de participação na oferta pública "usando sua prerrogativa de acionista, de acordo com a legislação aplicável e segundo suas normas e procedimentos internos". Fonte: G1