O pré-candidato do PT à prefeitura de Salvador, o deputado federal Nelson Pelegrino, atribuiu o anúncio de desistência do radialista Mário Kertész (PMDB) em participar da eleição deste ano à falta de unidade entre os partidos que compõem a oposição ao governo do Estado.
O petista argumentou que havia um hiato entre o discurso propagado pelas lideranças de DEM, PMDB e PSDB e a disputa interna sobre quem, de fato, seria o escolhido para representar o grupo no pleito. “Eu achei que essa desistência foi motivada por uma coisa que muita gente não acreditava, e que foi pregoada pelo PMDB, de que não havia dificuldade em efetivar a ‘união das oposições’”, declarou.
Mesmo com a divulgação do comentário de renúncia tanto nas ondas radiofônicas quanto na internet, Pelegrino disse não acreditar piamente que o adversário peemedebista saiu definitivamente da corrida sucessória. Para ele, Kertész quis dar um ultimato aos aliados, sobretudo a ACM Neto (DEM). “O próprio PMDB garantiu que a oposição estava unida… Essas coisas criam expectativa e depois frustração. O problema é que, além de haver uma tripla pretensão – PMDB, DEM e PSDB, todos com candidato –, não há unidade em relação a 2014. Neto também já tinha dado esse ultimato, de que ou se discutia 2014 ou não teria unidade em 2012. Agora foi a vez de Mário”, opinou.
O governista devolveu ainda a cutucada do tucano Antonio Imbassahy, de que as consultas eleitorais não podem ser o único critério de escolha do postulante, pois “se fosse por pesquisa, Pelegrino não era o candidato do PT”. “Eu quero saber qual é a pesquisa que ele tem na mão. Agora, se ele confia tanto nas pesquisas que tem, porque ele não sai candidato? Devia ter coragem de sair candidato e colocar os oito anos de administração dele sob avaliação”, provocou o petista.
Fonte: Bahia Notícias