Ao falar sobre as expectativas do comércio local simõesfilhense, o presidente da Associação Comercial de Simões Filho, José Ribeiro, acrescentou que a Câmara de vereadores da cidade está em uma situação de letargia. Ribeiro comentava sobre um projeto de lei elaborado pelo vereador Joel (PT), sobre carga e descarga, segundo ele 'interessante, porque o tráfego em Simões Filho é muito confuso', quando citou a inoperância do poder legislativo local em beneficiar a população.
Questionado pelo radialista Roque Santos, da Rádio Sucesso FM em Camaçari, ele afirmou que a Casa está em débito com a população. Ribeiro citou, por exemplo, a omissão dos vereadores quando houve a demissão de 1500 servidores simõesfilhenses, fato que repercutiu na falta de desenvolvimento do comércio local. Ele disse que houve um 'equívoco ou comodismo' por parte da Casa. "Os servidores são um diferencial do comércio", ressaltou.
A Câmara
Composta atualmente por onze vereadores (e no próximo mandato serão mais seis), a Câmara de Simões Filho contribui para a estagnação geral da cidade. O fato de que a maioria dos edis seja da mesma base política do atual prefeito, Eduardo Alencar (PSD), indica uma situação de subserviência do poder legislativo ao executivo – algo que não é autorizado por lei. Os poderes, de acordo com a Constituição, devem primar pela independência.
O que ocorre em Simões Filho é uma situação inversa: a Câmara, que deveria fiscalizar e zelar pela consolidação dos direitos do povo, funciona como 'cúmplice' na falta de ação (e erros) do executivo e consequente atraso em todos os âmbitos na cidade.
Por Rafaela Pio