O deputado estadual Paulo Azi (DEM), que esteve com o grupo de oposição que visitou novamente os policiais grevistas nesta terça-feira (07), revelou à imprensa que o líder da mobilização, Marco Prisco, acredita que o governador Jaques Wagner tem uma questão pessoal contra ele.
De acordo com o democrata, o chefe da Associação dos Policiais, Bombeiros e dos seus Familiares da Bahia (Aspra) justificou que a suposta retaliação teria ocorrido em função de ele ter declarado à imprensa que o PT financiou a greve da PM em 2001, quando, na gestão de César Borges, ainda no extinto PFL (hoje DEM), o caos foi ainda maior do que o registrado agora. “Prisco acha ainda que tudo isso é um capricho do governador por manter um aparato desses [do Exército] e por manter o Estado paralisado em função da prisão de apenas um único homem. Nós ponderamos a ele que ele tem que ter tranquilidade e deixar as portas abertas ao diálogo para, definitivamente, por fim a essa situação que, infelizmente, estamos vivenciando e mostrando ao mundo”, relatou Azi.
O deputado disse ainda que a ala da minoria é contrária à greve, mas solicita que não haja radicalização tanto da parte dos PMs quanto da parte do governo. “A oposição vem reagindo desde o primeiro momento. Inclusive, solicitou a presença da Força Nacional no estado, não para fazer cerco a AL-BA, mas para garantir a segurança das pessoas na rua. Nós, desde o primeiro momento nos colocamos contra ao movimento grevista, apesar de reconhecer que muitas reivindicações são corretas e devidas pelo governo”, ponderou o parlamentar.