A Câmara de Vereadores de Simões Filho aprovou o orçamento anual de R$ 211 milhões para serem utilizados pelo chefe do Executivo este ano. O valor é destinado às despesas do secretariado municipal.
Assim, cada secretaria terá uma fatia deste bolo. Os recursos destinados à Secretaria Municipal de Transportes, por exemplo, giram em torno de R$ 2 milhões. Já os investimentos na Saúde são estimados em R$ 40 milhões, na Educação R$ 24 milhões e Infraestrutura R$ 33 milhões (segundo lei referente ao exercício de 2011).
O valor total orçamentário é grande. Mas os impasses enfrentados pelo município também. E o pior: problemas básicos, tais como deficiência na infraestrutura ou falta de eficiência nos serviços de saúde (só para citar alguns) ainda não foram sanados pela administração atual.
O vereador João Contador (PDT), ao falar especificamente sobre a Secretaria de transportes, disse que o valor destinado para um ano é 'muito pouco'.
"Para administrar uma secretaria, além de montar uma estrutura técnica, são necessárias pessoas com bom conhecimento da parte de engenharia; há toda uma despesa de pessoal, todo um aparato para manutenção da secretaria", afirmou.
Cabe à Câmara de Vereadores fiscalizar a aplicação dos recursos. O problema em Simões Filho é que tem faltado à Casa Legislativa mais empenho em cobrar agilidade do Poder Executivo, e isto certamente por uma questão política. Contrariando a Constituição, estes dois Poderes não têm primado pela independência. E o resultado? Um reflexo direto na aplicação e fiscalização do destino destes recursos.
E fica a pergunta: se a cidade possui meios financeiros para resolver os seus problemas mínimos, o que está acontecendo se isto não ocorre?
Segundo João, boa parte dos recursos aprovados será aplicada na educação e na saúde. Ele citou os inúmeros problemas existentes em Simões Filho e ressaltou a necessidade de haver secretários comprometidos, 'fiscalizando e procurando aplicar bem estes recursos'.
"Nós do Legislativo estamos nos esforçando bastante para acompanhar todo este investimento", assegurou o vereador. Mas ele disse não saber o que está acontecendo na cidade. "A gente precisa ver novidades. A gente precisa ver o município em desenvolvimento", disse ele.
Por Rafaela Pio.
