O clima esquentou de vez no reino dos Varela após o patriarca da família, Raimundo Varela, ter avisado que somente a sua atual mulher, SheilaVarela (PMDB), poderá usar o sobrenome na disputa eleitoral por uma vaga na Câmara Municipal, em outubro deste ano.

O radialista prometeu, diante das câmeras de televisão, acionar o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) caso seu filho, Gel Varela (PCdoB), também postulante a vereador, usasse o sobrenome durante a campanha. “Sou Varela desde menino e meu pai sabe disso, talvez ele esteja querendo me provocar. Isso é uma provocação porque não tem razão legal, nem moral. […] Se eu me tremer, pensar como menino… talvez ele esteja pensando que eu sou menino, mas eu tenho 44 anos”, refutou, em entrevista ao programa Acorda pra Vida, da Rede Tudo FM 102.5, nesta sexta-feira (16).

O comunista avisa ainda que não pretende deixar para a madrasta toda a visibilidade proporcionada pelo sobrenome. “Isso não nega o meu direito, o meu princípio de identidade. Meu pai não é um déspota, ele não define a minha vida. Ele é uma pessoa que tem a opinião dele e quer exercer o poder em favor das ideias dele”, acredita.

Apesar de negar “querelas com o pai”, Gel não conseguiu esconder o clima de animosidade quando questionado sobre o apoio paterno na vida política. “Ainda não conversei com ele sobre isso. Estou esperando ele me chamar porque até agora ele só mandou recado, mas homem de recado a gente não é”, avisou.

Para a madrasta, sobraram algumas mordidas – “Como político eu não abraçaria Sheila” – e poucas assopradas – “Não tenho preconceito contra ela” –, principalmente quanto às pretensões políticas de sua adversária na disputa de outubro. “Não posso afirmar isso [se o pai tem sido usado por Sheila], mas a arte denuncia o artista, tudo que você faz denuncia o que você é”, alfineta.

O radialista e sua esposa se filiaram juntos ao PMDB, partido que faz oposição ao governo do Estado, apoiado pelo PCdoB de Gel.

Fonte Bahia Notícias