Foto: Divulgação.Deputada estadual Luiza Maia (PT).

A deputada estadual Luiza Maia (PT) concedeu entrevista ao radialista Roque Santos, âncora do Jornal da Sucesso, da Sucesso FM, na manhã deste sábado (5), e falou de temas relacionados à política e, principalmente, sobre a decisão de votar contra o projeto do governo, que reajustava o salário dos professores do ensino fundamental e médio do estado.

Sobre o apoio às pretensões do prefeito Luiz Caetano (PT) de ser o candidato do PT para governador em 2014, a deputada se esquivou e disse que o momento é de pensar nas eleições municipais que se aproximam. “Eu acho que está cedo ainda. A gente primeiro tem uma tarefa que é 2012. Nós queremos dar continuidade ao trabalho que o prefeito Luiz Caetano iniciou em Camaçari”, disse.

As críticas da parlamentar à gestão anterior apimentaram a conversa. “Até 2004, a cidade estava aí jogada, abandonada, cresceu e se desenvolveu industrialmente, MS ninguém ligava para o povo”, relatou. Luiza disse, inclusive, que aconselhou o prefeito a fazer um memorial mostrando Camaçari antes e depois do governo Caetano. “Já pedi a ele para fazer essa síntese do que era Camaçari até 2004, e agora a partir de 2005”, destacou.

Quanto às afirmações do deputado estadual Bira Coroa – que chamou Luiza de “individualista e irresponsável” – a deputada não demonstrou estranheza e reagiu de forma cautelosa. “Eu respeito muito o deputado Bira, ele tem direito de expressar a opinião que ele quiser ao meu respeito, mas eu acho que foi uma decisão difícil porque eu estava entre o governo que eu ajudei a construir, que acredito, mas que tenho discordância em algumas coisas”, disse.

Luiza refrescou a mente do deputado e lembrou que, em certa feita, ele agiu de forma semelhante e foi contra o governo. “Eu discordei do pedágio, assim como ele também discordou da instalação do pedágio, lutamos contra o pedágio, que é uma política do nosso governo”, ressaltou.

Também professora, a deputada ficou entre a faca e a espada. “Eu estava entre o governo e a minha categoria”. Ela destacou a importância da valorização do professor. “Eu sou professora, sei da importância da valorização do professor, foi uma decisão difícil, mas a minha relação com o governador é política”, completou.

Por Henrique da Mata