O deputado estadual João Carlos Bacelar (PTN) parece estar confuso nos discursos que apresenta a cada palanque que sobe. Talvez movido pela emoção de cada encontro político que participa ou na intenção de agradar a alguma personalidade política em particular, mas o certo é que o também secretário de Educação do município de Salvador anda trocando as bolas por aí.
Durante o evento que empossou o ex-prefeito de Camaçari, José Tude, como presidente municipal do PTN, João Carlos Bacelar foi claro ao dizer – em alto e bom som – que não apoia o governador do Estado, Jaques Wagner, nem o prefeito petista de Camaçari Luiz Carlos Caetano. “Ser oposição em Camaçari, obriga-nos a ser oposição a esse maldito governo de Wagner. Wagner é irmão siamês de Luiz Caetano”.
E justificou o motivo de ir contra as ideias dos dois governos. “Wagner é o responsável pelo esvaziamento do Polo Petroquímico. Foi Wagner, que covardemente deixou o polo têxtil ir embora do Polo Petroquímico de Camaçari. É Wagner, junto com Caetano, que tem deixado diversas plantas da Brasken serem fechadas e transferidas para Minas Gerais e para o Rio Grande do Sul. Quem é oposição em Camaçari tem que ser oposição a Wagner”, disse.
Porém, na contramão do que pregou em Camaçari para o público que acompanhava a posse de Tude, o deputado lançou aos quatro ventos que acatará a decisão do prefeito da capital baiana, João Henrique (PP). Se a base do prefeito entender que deve caminhar lado a lado com o governo, o PTN do deputado João Carlos Bacelar segue os mesmos passos. A aproximação estava destacada com a presença do deputado federal e pré-candidato do PT, Nelson Pelegrino, no último sábado, no evento de convenção do PTN.
Por Henrique da Mata