Conforme o RMS notícias antecipou a aliança entre PPS e PMDB na Bahia pode melar,dirigentes do diretório nacional do PPS chegam à Bahia na próxima semana para investigar a situação da legenda no estado, que pode sofrer intervenção federal.
O motivo é o apoio dado no último sábado pelo PPS baiano ao pré-candidato do PMDB, Geddel Vieira Lima.
Segundo o presidente municipal do partido, ex-vereador Virgílio Pacheco, a determinação do diretório nacional é que não sejam formadas coligações que beneficiem a candidatura de Dilma Rousseff (PT).
O partido está fechado nacionalmente desde o ano passado com o PSDB, de José Serra.
O presidente estadual do PPS, George Gurgel, sustenta que no plano nacional a sigla vai apoiar a candidatura tucana.
O detalhe é que Geddel e os demais partidos da coligação peemedebista preparam o palanque no estado da presidenciável Dilma Rousseff (PT).
Em contra-ataque, Virgílio Pacheco resolveu lançar o nome do historiador Antônio Moura ao governo.
“É um nome do partido, não pode ser preterido em nome de nenhum outro”, afirmou o ex-vereador.
Pacheco revelou ontem a disposição de seguir indicando Moura até as convenções, em junho.
Na sexta-feira, o presidente municipal enviou e-mail para o diretório nacional relatando o caso baiano.
Virgílio alega ainda que a reunião de sábado não teria valor, pois antes mesmo da votação haveria o resultado favorável ao peemedebista, que compareceu ao ato.
Oposição no plano estadual, o PPS avaliava ainda duas alternativas ao governo do estado: Paulo Souto (DEM), um dos principais líderes pró-Serra na Bahia, e o verde Luiz Bassuma.
No endendimento de Pacheco, o apoio a Geddel foi costurado pelo atual assessor especial da prefeitura, Miguel Kertzman, que hoje assume o comando da Transalvador.
“Eles venderam uma mercadoria que não poderão entregar”, ironizou Pacheco, ameaçando com a possibilidade de a força do diretório nacional “melar” a aliança firmada no final de semana.
Gurgel minimiza
Procurado pela reportagem, o presidente estadual do PPS minimizou o barulho feito pela direção do partido em Salvador.
“Está tudo tranquilo com (o presidente nacional) Roberto Freire”, disse.
Segundo Gurgel, a comunicação institucional com a direção nacional só ocorre por meio do presidente estadual ou da executiva.
Na nota à imprensa – assinada ainda pelo secretário geral, Antônio Almeida, e pelo coordenador político eleitoral, Ederval Araújo Xavier –, o diretório estadual argumenta que a aliança com o PMDB foi aprovada pela totalidade dos integrantes do diretório e de pré- candidatos.
Todos os votantes avalizaram a aliança com Geddel.
Houve apenas duas abstenções.
O grupo também apresenta disposição de levar essa decisão até as convenções.