Segundo a entidade, os funcionários são “submetidos a percentual médio de 4% de benzeno, muito acima do tolerado”.
O funcionário tem prenome Enilvado e está internado no Hospital Aliança, em Salvador, e não pôde conceder entrevista porque está em tratamento.
Segundo o sindicato, outro petroleiro, lotado na Estação de Compressores de Miranga, na Bahia, foi submetido ao coma induzido após apresentar quadro de leucemia aguda, e está internado em UTI. A entidade não revela o nome da vítima.
"Para a empresa, a vida humana só serve para gerar lucro. A Petrobras se nega a reconhecer a exposição, nega a emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) e só reconhece os direitos assegurados após recurso na justiça", reclama o coordenador geral do Sindipetro Bahia, Paulo César. O médico da Petrobrás lotado na Refinaria Landulpho Alves irá reunir-se na quarta-feira (14) com dois médicos especialistas em benzeno da estatal para avaliarem o diagnóstico.
Na nota, o Sindpetro rememora o caso do funcionário Valdemir Santos, que trabalhava no mesmo local de Enivaldo e também morreu com câncer; e Paulo Santiago, também do mesmo setor, que teve câncer na medula óssea, mas foi aposentado por invalidez após transplante bem sucedido.