Segurança, educação e geração de emprego foramos temas do debate sobre o desenvolvimento de Camaçari nos últimos anos, que contou com a presença de autoridades municipais e pré-candidatos à sucessão do prefeito Luiz Caetano. O debate, que não teve como intenção cair no cunho político-eleitoral, reuniu oposição e situação em um mesmo espaço.
Com um pouco de atraso devido a alguns problemas técnicos que surgiram, a edição especial do Jornal da Sucesso deste sábado (17), que seria transmitido direto de um estande montado na Praça Desembargador Montenegro, como acontece todos os sábados (sempre fora do estúdio, porém em locais diferentes), foi transferido para o estúdio da rádio, que iniciou a entrevista com os convidados por volta das 7h20.
Participaram do debate o presidente da Câmara Municipal e pré-candidato pelo PP à prefeitura de Camaçari, Zé de Elísio, o presidente municipal do PTN, Maurício Bacelar, o vereador Elinaldo (DEM), representando a bancada da oposição, Marcelino, representado a bancada governista, a deputada estadual Luiza Maia e o deputado estadual Bira Coroa.
A geração de emprego no município foi o tema que abriu a rodada de discussão no Jornal da Sucesso.O condutor do debate, conhecido como o locutor “destemido da Bahia” indagou Maurício Bacelar sobre as oportunidades de emprego na cidade. Maurício culpou o prefeito Caetano por não gerar mais empregos, justificando o seu tempo de governo somado desde 1985, quando assumiu o Executivo pela primeira vez. “Quando Caetano terminar o governo, ele se tornará o prefeito que mais levou tempo à frente da prefeitura de Camaçari. Mesmo assim, não conseguiu melhorar o quadro de desemprego no município”, disparou.
Na contramão da afirmação do opositor ao governo, a deputada Luiza Maia lembrou que Camaçari é o segundo município que mais geram empregos no estado e falou sobre os investimentos trazidos para o município através da relação política com os governos estadual e federa. “A gente tem investido bastante na qualificação do nosso povo com o Instituto Federal da Bahia, com projetos como a Cidade Universitária e agora estamos trazendo uma campus da UFBA para Camaçari, preparando a população para o mercado de trabalho”, disse.
O vereador Elinaldo lembrou que o município cresce no setor industrial, mas não oferece oportunidades para quem vive no município. “A Ford veio para Camaçari com a promessa de que geraria empregos para a população e hoje o que a gente vê é um grande número de demissões. A Ford ficou isenta de impostos para gerar mais mil empregos além do que havia garantido e o acordo não foi cumprido”, relatou.
Segurança
A segurança, setor que enfrenta dificuldades em várias cidades do estado baiano, também foi comentada no programa. Recentemente, uma pesquisa realizada pelo Instituto Sangari, colocou o município de Simões Filho como a cidade mais violentas do Brasil, ficando Camaçari na 6º colocação, segundo Maurício Bacelar. O presidente Zé de Elízio pontuou algumas iniciativas que poderiam contribuir com a queda nos índices de violência em Camaçari. “O governo municipal poderia contribuir mais formando uma guarda municipal, como acontece em outras cidades, aumentando o efetivo policial e deixando de dizer que a responsabilidade da segurança pública é do governo estadual e federal”, disparou.
Em defesa ao governo que representa, o vereador Marcelino destacou algumas ações realizadas no setor durante a gestão de Caetano. “Nós criamos a Delegacia de Monte Gordo, trouxemos para Camaçari a DEAM (Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher), montamos a CIPE (Caatinga), iniciamos um projeto de combate ao tráfico de drogas nas escolas, com palestras, orientação, então isso mostra que a gente tem feito um trabalho importante na área de segurança no município”, explicou.
O deputado Bira Coroa completou a afirmação de Marcelino, falando sobre os programas federais aplicados na cidade e sobre os investimentos em educação. “Hoje nós temos o Pronasci (Programa Sacional de Segurança Pública com Cidadania) que atende grande parte da população e que já tirou muitos jovens da marginalidade. Além disso, construímos escolas, ginásios esportivos, o que não tínhamos antes”, ressaltou. Ao final do programa, cada participante do programa teve um minuto para usar o microfone da Sucesso, sem determinação de tema.
Por Henrique da Mata