Nesta quinta-feira (17/9) a greve dos Correios completa um mês. Com isso, o cenário de filas em distintas partes do país se tornaram comuns desde o dia 17 de agosto. No entanto, a imagem da estatal já caminhava abalada antes da paralisação dos funcionários.
Segundo a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), do Ministério da Justiça, foi registrado o aumento de 64% nas reclamações contra os Correios, entre janeiro e agosto de 2020, na comparação com o mesmo período do ano passado. De 3,6 mil, o número pulou para mais de 6 mil.
O levantamento utiliza informações do portal consumidor.gov.br e do Sindec, que integra hoje 26 Procons estaduais, do DF, e de 533 Procons municipais.
O presidente do Procon de São Paulo, Fernando Capez, destacou que um agravante na queda do serviço da empresa ocorreu após a chegada do novo coronavírus (Covid-19) no país. Entretanto, ele ressalta que diante desse cenário o “consumidor não tem culpa e não pode ser prejudicado”.
“Os Correios não estavam preparados para o aumento da demanda provocada pelo coronavírus. O consumidor não tem culpa e não pode ser prejudicado e tem direito à reparação dos prejuízos que tiver sofrido”, assegura Capez.
Em nota, os Correios frisaram que a melhor forma de proceder com entregas em atraso é que os clientes se dirijam às unidades para a retirada de objetos postais, porém, apenas quando constar no sistema de rastreamento a mensagem “Aguardando retirada”.
“O acompanhamento do objeto pode ser feito pelo site www.correios.com.br. Ao rastrear a encomenda, o cliente pode verificar se há ou não atraso”, recomenda a empresa em nota.
“Situações pontuais, quando reportadas à empresa por meio dos canais oficiais de relacionamento, são prontamente averiguadas e solucionadas”, diz outro trecho do comunicado.
Ademais, os Correios também indicam que os clientes entrem em contato pelos telefones 3003-0100 e 0800 725 0100 ou pelo endereço http://www.correios.com.br/fale-com-os-correios.
Camaçari
Em Camaçari, na terça-feira (15/9), a agência assegurou que os moradores podem ficar tranquilos com relação aos serviços disponibilizados pela instituição.
A assessoria da empresa informou que a agência segue aberta, das 8h às 12h, de segunda à sexta-feira. No entanto, as postagens com hora marcada seguem suspensas temporariamente; medida que foi adotada desde o início da pandemia da Covid-19.
Outro ponto listado foi em relação as entregas domiciliares, de acordo com o comunicado, elas estão ocorrendo.
A orientação é para que os clientes aguardem em suas residências e acompanhem o pedido no sistema de rastreamento dos Correios, no site ou aplicativo.
Se, por exemplo, a etrega não for efetivada, por motivo de ausência do destinatário, o objeto poderá ser retirado em alguma unidade dos Correios. Dessa maneira, a população só deve comparecer às unidades para retirar seus objetos postais apenas quando esse informe constar no sistema de rastreamento ou quando o cliente receber o Aviso de Chegada (formulário com instruções para retirada do objeto postal no horário e enderelo especificados).
Greve
Segundo os trabalhadores em greve, a adesão foi de 30% do contingente, limitados por uma determinação judicial para que a parcela restante mantivesse os serviços de entrega.
Para os Correios, ingressaram no movimento menos de 18% dos empregados da área operacional e, segundo o sistema de monitoramento da empresa, os números apresentam variação diária.
Os Correios dizem ainda que puderam manter os serviços por meio de mutirões, inclusive aos fins de semana e feriados.