A deputada estadual Maria Luiza Carneiro (PSD) utilizou o seu discurso no plenário da Assembleia Legislativa da Bahia, nesta quarta-feira (16), para esclarecer as razões pelas quais se separou do prefeito João Henrique (PP). De acordo com a parlamentar, o motivo do divórcio depois de 27 anos de união foi uma “relação extraconjugal” entre JH e a subsecretária municipal de Saúde, Tatiana Paraíso, que frequentava a residência deles e, casada, teria se separado recentemente para ficar com o alcaide. Na linguegem popular a deputada reconheceu que tomou Corno.
"Na última crise, após um longo período de desgaste, sugeri uma reflexão do relacionamento ao meu esposo, João Henrique. Acreditava estar buscando a harmonia e a cumplicidade do nosso relacionamento. Retornando de uma viagem, sete dias depois, tomei conhecimento do relacionamento extraconjugal de João Henrique com a subsecretária de Saúde, Dra. Tatiana Paraíso. No subterrâneo do Thomé de Souza, tudo acontece até hoje às escondidas, em segredo. E foi para restabelecer a minha honra, que levei ao conhecimento público a separação do nosso casamento. (…) A separação foi por causa da traição dele e isso é irrevogável. Conivência e traição são características que marcaram a forma como ele conduziu a relação. Eu me casei com um homem e me separei de outro”, sentenciou.
Segundo Maria Luiza, no processo de distanciamento entre eles, inclusive, o pepista teria se utilizado de “atos covardes” para difamá-la, como “inventar uma candidatura a prefeita” e até plantar uma notícia na revista Época de que ela teria "um caso com alguém da Casa Militar". “Não tenho porque baixar a cabeça. As maledicências não me intimidam, não vou me afastar dos amigos, das pessoas que estimo e respeito. Tenho coragem e caráter para assumir os meus atos e não vou admitir que queiram distorcer a verdade, para salvaguardar a imagem dele, maculando a minha. Isso é covardia! Aconselho responsabilidade e juízo… Enquanto é tempo… Falam, também, sobre uma possível jogada política, para que eu possa me candidatar à sucessão da prefeitura. Isso também é mentira. Não tenho pretensões políticas para as próximas eleições”, avisou.
A deputada encerrou o seu pronunciamento a agradecer às pessoas que a ajudaram após a decisão de rompimento, como os pastores da sua igreja, e, apesar da cisão com o prefeito, disse acreditar “no advento do matrimônio”. "Para finalizar, quero dizer que daqui para frente vou viver a minha vida, sou livre, posso me relacionar com quem quiser, inclusive com os acusados, mas não sou leviana. Vou me dedicar ao meu trabalho, porque pretendo resgatar o meu mandato com compromisso, responsabilidade e transparência, correspondendo à altura aos meus eleitores. Já sofri o bastante! Só peço às pessoas respeito. Porque costumo dar! O meu assunto é com João Henrique e não aceito intermediários. Acredito na instituição casamento como a base da família e o resultado do amor entre duas pessoas. Agradeço aos pastores e pastoras, bispos, amigos e irmãos da igreja, que alimentam a minha Fé em Deus, a minha força. São pessoas especiais que fazem a diferença na minha vida.", declarou. Os deputados presentes à sessão, estupefatos diante do depoimento, “exclamaram” um silêncio sepulcral.
Veja abaixo a Integra do Discurso da Deputada
DISCURSO DA DEPUTADA MARIA LUIZA
SR. PRESIDENTE,
SRS. DEPUTADOS E DEPUTADAS,
FUNCIONÁRIOS DESSA CASA, TELEOUVINTES DA TV ASSEMBLÉIA E DEMAIS PRESENTES.
Sras. e Srs.
Poucas pessoas se dão conta de que a vida é uma constante superação de obstáculos e uma imensidão de desafios e não podemos desistir de forma antecipada. Porém, nada é tão torturante quanto à dor, pela acusação do que não se fez.
Venho adiando para tomar a decisão de falar, e assim tenho me prejudicado.
Venho a essa tribuna para esclarecer alguns fatos que julgo relevantes e serei minunciosa. Vivi um casamento de 27 anos, enfrentei períodos de crise, mas também de felicidade e o fruto disso são os meus 2 filhos. Na última crise, após um longo período de desgaste, sugeri uma reflexão do relacionamento ao meu esposo, João Henrique. Acreditava estar buscando a harmonia e a cumplicidade do nosso relacionamento.
Retornando de uma viagem, sete dias depois, tomei conhecimento do relacionamento extra-conjugal de João Henrique com a sub-secretária de Saúde, Dra. Tatiana Paraíso.
No subterrâneo do Tomé de Souza, tudo acontece até hoje ás escondidas, em segredo. E foi para restabelecer a minha honra, que levei ao conhecimento público a separação do nosso casamento.
Pacientemente, venho assistindo a um bombardeio de blasfêmias sobre minha pessoa.
Recentemente, a revista Época, divulgou uma nota, falando sobre o ¨caso¨ dele e acusando-me de ter um ¨caso¨ com alguém da Casa Militar.
Esperei alguns dias, na esperança de ouvir um pronunciamento, uma manifestação, uma defesa dele. E como sempre, nada foi dito.
Para mim é importante dizer, que não me sentiria ofendida se fosse verdade, pelo contrário, assumiria o meu erro e me recolheria silenciosamente. Tais comentários já aconteceram antes e mantive a tranquilidade e desconsiderei por julgar absurdo.
Mas, nunca tive e não tenho, nenhum caso. Sempre conduzi a minha vida de forma coerente com os meus princípios morais e religiosos.
Houve sim uma terceira pessoa, mas está com ele. Tatiana, é uma pessoa que conheço do nosso convívio e frequentava a nossa casa, era quem o medicava com frequência. Era casada, na época e recentemente se separou para selar a união com João Henrique. Nada tenho contra ela, nada tenho contra ele, tenho sim 2 filhos com ele, e desejo felicidades ao casal.
O que me ofende nesse caso, é o jogo feito por ele. Não permitirei ser usada num jogo baixo de poder… Não permitirei que a verdade seja encoberta, que eu leve a fama sem culpa, por conveniências de qualquer espécie. Percebo que tentam confundir as pessoas, para desviar o foco e o possível julgamento do erro dele. Eu entrei e saí dessa relação de forma honesta, correta, integra e transparente. Ele sabe disso e é bom que ele diga. Se é que ele fala…
Não tenho porque baixar a cabeça. As maledicências não me intimidam, não vou me afastar dos amigos, das pessoa que estimo e respeito. Tenho coragem e caráter para assumir os meus atos e não vou admitir que queiram distorcer a verdade, para salvaguardar a imagem dele, maculando a minha. Isso é covardia! Aconselho, responsabilidade e juízo… Enquanto é tempo…
Falam também, sobre uma possível jogada política, para que eu possa me candidatar a sucessão da Prefeitura. Isso também é mentira. Não tenho pretensões políticas para as próximas eleições. E não se brinca com um assunto tão sério e delicado! Quero concluir o meu mandato político e o futuro, entrego à Deus.
Em resumo: pedi um tempo e levei um susto! A separação foi consequência da traição dele e é fato concreto e irrevogável. Essa é a verdade! Protesto contra a enganação, a dissimulação, o desvio de caráter, a covardia e a conveniência, que lhe é pertinente. O prefeito vive um tempo regressivo, que inspira cuidados e cautela… Não o julgo, porque não cuspo no prato que como, mas peco-lhe que conduza esse processo com maturidade e consciência!
Percebo o bloqueio da imprensa diante desse assunto. Respeito os meios de comunicação e sei que é contra a lei falar da vida pessoal, por isso entendo tal atitude. Motivo pelo qual, utilizo esse espaço para restabelecer a minha verdade! Casei com um homem e me separei de outro, alguém que desconheço.
Estou sentada de frente, com garra e coragem, procuro ficar na altura da vida, tendo a sabedoria como auxílio e a paciência como aliada.
Para finalizar, quero dizer que daqui para frente vou viver a minha vida, sou livre, posso me relacionar com quem quiser, inclusive com os acusados, mas não sou leviana. Vou me dedicar ao meu trabalho, por que pretendo resgatar o meu mandato com compromisso, responsabilidade e transparência, correspondendo à altura aos meus eleitores. Já sofri o bastante!
Só peço às pessoas: respeito. Porque costumo dar! O meu assunto é com João Henrique e não aceito intermediários.
Acredito na instituição casamento como a base da família e o resultado do amor entre duas pessoas!
Agradeço aos pastores e pastoras, bispos, amigos e irmãos da igreja, que alimentam a minha Fé em Deus, a minha força. São pessoas especiais que fazem a diferença na minha vida!
Prometo: Ainda vou surpreender muita gente! Só desejo PAZ e JUSTIÇA! Que DEUS abençoe a todos!
Sr. Presidente, peço que me libere nesse momento para que possa me refazer de tal constrangimento. Obrigada!