Nesta segunda-feira (21/9), a médica Soumya Swaminathan, cientista-chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), revelou que a agência especializada em saúde futuramente pode aprovar uma possível vacina contra o novo coronavírus (Covid-19) que tenha somente 50% de eficácia, mesmo que a imunização contra o vírus não seja total, ou seja, mesmo que a substância não seja completamente eficaz contra a infecção causada pela doença.
Segundo Soumya, a OMS deseja que a vacina tenha “no mínimo 70% de eficácia, mas, no pior dos casos, com 50% de eficácia poderia ainda ser útil”.
Ainda de acordo com a cientista-chefe da OMS, a eficácia de uma vacina não é o único critério que deve ser levado em consideração.
“Como sabem, existem intervalos de confiança e que esses intervalos não sejam tão amplos”, destacou a médica ao portal Uol.
No caso da futura vacina contra o novo coronavírus não se aproximar dos 100% de eficácia, ela precisará ser usada pelos países de maneira estratégica.
“Então, teremos dois cenários: uma vacina a ser usada como prevenção e outra a ser usada em surtos”, explicou Swaminathan.
Por fim, Soumya ressaltou que a instituição deseja “ter meses para avaliar a segurança” de uma possível vacina contra a Covid-19.
Ao longo da semana passada, o secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, chegou a afirmar que, após fechar parceria com a Rússia, é possível que os baianos comecem a ser imunizados em março de 2021.