O responsável pela delegacia da PRF, em Simões Filho, Junaldo Gonçalves, não acredita que a Via Bahia seja responsável pelo aumento de acidentes nestes últimos três meses.
“Não, os problemas da BR-324 são antigos e eles ainda acarretam muitos acidentes, mas não se pode negar que houve melhorias. A questão é que os problemas que não foram sanados estão no caminho, a cada dia, de um número maior de veículos, que são conduzidos por muitos motoristas imprudentes, o que só pode ser minimizado com a construção de uma terceira pista”, argumenta.
Hoje trafegam cerca de 28 mil veículos por dia no trecho, o que, segundo a Via Bahia, está ainda longe dos 40 mil de média diária para a necessidade de uma terceira pista se tornar uma exigência do contrato firmado entre a concessionária e a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT).
Entre as melhorias, citadas pelo delegado Junaldo Gonçalves, estão a colocação de novas sinalizações e o trabalho de limpeza que tem sido feito constantemente, o que, segundo ele, trouxe uma maior segurança aos usuários da rodovia.
Para o delegado, no entanto, a Via Bahia deve trabalhar mais rápido para sanar os problemas existentes. “Há muitos buracos e desníveis entre as vias e os acostamentos. Demora no socorro aos acidentados tem dado origem a muitas queixas.
Há também a urgência de se construir uma passarela na entrada de Simões Filho, onde os pedestres correm riscos de serem atropelados, obra esta que está prevista no contrato”, relata. Sobre a demora em prestar socorro, a Via Bahia alega que o tempo de atendimento está determinando em contrato, para cada categoria de acidente, o que é monitorado e auditado pela ANTT.
Em relação à passarela, a Via Bahia informou que a obra já está em estudo. Ela será construída dentro de um trecho onde acontecem cerca de 47% dos acidentes ocorridos entre Salvador e Feira de Santana, que corresponde a uma área próxima à entrada de Simões Filho e o prazo, definido em contrato, vai até outubro de 2012.
As informações são da Tribuna da Bahia.