A justiça divina ou a justiça dos homens? Qual vale? Contra o Fluminense, Jóbson fez o gol da primeira vitória do Bahia na Série A.
O atacante correu pra câmera e, de mãos postas, pediu desculpas por ter usado crack em 2009.
“Por favor, me perdoa, Senhor”.
Hoje, porém, o jogador será obrigado a enfrentar a batalha de verdade.
No Tribunal Arbitral do Esporte (TAS), em Lausanne, na Suíça, Jobgol será julgado pelo caso de doping e, se condenado, pode até ser banido do esporte.
A punição também pode variar entre seis meses e dois anos.
O julgamento do atleta, que estava marcado para começar às 4h da madrugada, teve início com meia hora de atraso e tem término previsto para o meio-dia, horário de Salvador.
Mesmo com o julgamento sendo encerrado hoje (21), o resultado não deve sair de imediato.
A Corte Arbitral terá até dois meses para se pronunciar.
A torcida, no entanto, já une forças desde o final do jogo no Rio de Janeiro, sábado.
Nos vestiários, jogadores e comissão técnica homenagearam Jóbson.
“Nós demos as mãos e fizemos uma oração para ele.
Tudo vai dar certo e ele vai voltar a alegrar e ajudar nosso time”, conta o goleiro Marcelo Lomba.
Júnior, novo parceiro de ataque, também faz questão demandar um recado.
“Todos merecem uma segunda chance na vida”, afirma.
Torcedores – Jóbson, por sinal, já cumpriu seis meses de punição em 2010, quando ainda vestia a camisa do Botafogo.
E é nisso que ele acredita.
“Já paguei pelo que fiz.
Só quero que me deixem fazer o que eu sei.
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”, falou após o duelo contra o Fluminense.
Pela internet, várias manifestações de apoio ao atacante.
Torcedores se mobilizaram e enviaram e-mails na tentativa de convencer o tribunal a manter a pena de seis meses já cumprida.
Outros preferiram fazer vídeos de motivação.
Até slogan a campanha tem: “Deixa o menino jogar”.
De acordo com Bichara Neto, advogado de Jóbson, a previsão é que o resultado saia em até 60 dias.
Até lá, o jovem de 23 anos está livre para continuar dando alegrias ao torcedor tricolor.
A esperança é a principal aliada, diz o lateral Ávine.
“Nós precisamos dele.
Vamos rezar muito”, garante.
* Fonte: CDB