Nesta quarta-feira (23/9) o governador de São Paulo, João Doria, anunciou que pretende começar a vacinação contra o novo coronavírus (Covid-19) no estado em dezembro deste ano.
A imunização selecionada será a Coronavac, criada pela chinesa Sinovac. No Brasil, a vacina será produzida pelo Instituto Butantan. De acordo com Doria, a substância se mostrou segura em seu teste da chamada fase 3, onde 50 mil voluntários na China receberam doses .
No entanto, os resultados finais sobre a eficácia da Coronavac devem estar prontos em novembro. Com isso, é esperado que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) conceda a liberação para a vacinação ocorrer na segunda quinzena de dezembro de 2020.
O estudo chinês aponta que apenas 5,36% dos voluntários apresentaram efeitos colaterais no ensaio, porém, todos sem gravidade. As manifestações citadas foram: dor no local da aplicação (3,08%), fadiga (1,53%) e febre leve (0,21%). Os demais tiveram perda de apetite e dor de cabeça.
Doria prevê protocolar na Anvisa um pedido para liberação emergencial da campanha de vacinação contra a Covid-19 no estado.
O presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse que existe muito otimismo com relação aos resultados da imunização.
“A segurança e eficácia são dois dos principais fatores para comprovar se uma vacina está pronta para uso emergencial na população. Estamos muito otimistas com os resultados que a Coronavac apresentou até o momento”, garantiu Covas.
No território brasileiro, a Coronavac está sendo testada da seguinte maneira: 5.600 dos 9.000 voluntários estão espalhados 12 centros de pesquisa de cinco estados e do Distrito Federal; estes já receberam ao menos uma dose da substância. Em outubro, um lote de 5 milhões de vacinas chegará da China. Dessa maneira, até dezembro, o governo estima que haverão 6 milhões de doses importadas prontas e outras 40 milhões formuladas a partir de insumos chineses no Butantan, o que cobre toda a população paulista.
Já a nova fábrica de vacinas do Butantan começará a ser construída também no mês que vem, e terá capacidade para produzir cerca de 100 milhões de doses anuais.
Doria ressaltou que os primeiros a serem vacinados serão os profissionais de saúde.
“Teremos 60 milhões de doses até 28 de fevereiro, mais que suficiente. Vamos vacinar os brasileiros de São Paulo e, espero, os brasileiros de todo o Brasil”, assegurou o governador.
Além do Brasil, essa vacina esta sendo testada em outros 9 países.