O Vasco acertou na manhã desta quarta-feira a volta de Juninho Pernambucano.
No entanto, o que mais chamou a atenção no acordo foi o tipo de contrato estabelecido com o jogador.
O craque vai receber um salário mínimo.
Isto mesmo: R$ 545,00, valor atualizado em fevereiro deste ano.
Diretoria e os empresários do meia prometem mostrar o registro a ser assinado na CBF em uma entrevista coletiva.
“Volto sem ação de marketing alguma.
Eu e o Vasco somos parceiros, na alegria e na tristeza.
Eu volto para ganhar um salário mínimo, porque preciso ser justo com o torcedor.
Tenho que dar resultado e se acontecer, sou premiado.
Me preparo nestes dois meses restantes antes do Brasileiro e volto em agosto firme e forte, sabendo que não sou mais o Juninho de dez anos atrás, mas posso ainda contribuir muito”, disse Juninho, ao site oficial do clube.
“O torcedor pode confiar na entrega e no espírito guerreiro que vou levar aos meus novos companheiros e daqui vou torcer muito, já a partir deste domingo, como venho fazendo desde que sai do Brasil.
Acompanho tudo e sou Vasco.
Estou muito ansioso para chegar ao Rio de Janeiro e sentir este calor”, completou o jogador.
Juninho, de 36 anos, recebeu o presidente Roberto Dinamite no Catar para os últimos detalhes e depois do encontro ficou tudo acertado.
O jogador chega em junho, mas só fará sua estreia somente em agosto, na abertura na janela de transferência.
Revelado pelo Sport Recife, foi destaque nas divisões de base da seleção brasileira e chegou ao Vasco em meados de 1995, onde permaneceu até 2000, quando transferiu-se para o Lyon, da França, após muitos desentendimentos com o ex-presidente Eurico Miranda.
Em São Januário, ele conquistou o estadual de 98, os Brasileiros de 97 e 2000, a Copa Mercosul (2000) e uma Libertadores (98).
O meia estava há duas temporadas do Al-Gharafa, do Catar.
No Vasco, ele pretende exercer uma carreira de executivo depois de pendurar as chuteiras.
Para isso, já entrou em entendimentos com a diretoria.
Logo que encerrar a carreira, terá um cargo que fará a transição entre o futebol e a direção.
“Estou retornando ao Vasco por duas instituições deste clube que são a sua torcida linda e fantástica e seu presidente, homem simples e do bem.
Eu precisava fazer isto e sempre disse que o que faltava era iniciativa.
Em 2009, Rodrigo Caetano me mandou um e-mail e conversamos.
A coisa não andou.
Faltava o projeto, o encaminhamento de uma proposta de trabalho.
E este ano, com a ajuda do próprio Rodrigo e do Fuentes, Roberto esteve em Recife e ali sacramentei minha volta.
Estou muito feliz”, concluiu Juninho.
* Fonte: iG