Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tem 28 milhões de pessoas com mais de 60 anos, número que representa 13% da população do país. Esse percentual tende a dobrar nas próximas décadas, conforme Projeção da População, divulgada em 2018 pelo órgão.
Neste domingo (27/9) é celebrado no território brasileiro o Dia Nacional do Idoso. A data, que foi criada em 1999 pela Comissão de Educação do Senado Federal, tem o intuito de fomentar a valorização da vida depois dos 60 anos.
Em entrevista à Agencia Brasil, o neurologista do Hospital 9 de Julho, Diogo Haddad, reforçou que é nessa etapa da vida que geralmente surgem uma das principais preocupações dos idosos e de seus familiares: como fica a capacidade de raciocínio, a memória e a clareza mental de quem já passou dos 60 anos.
Neste ano, com a chegada da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) que impôs um confinamento bem rigoroso, sobretudo aos idosos, tendo em vista que a faixa etária após os 60 anos é classificada como grupo de risco da doença, o médico alerta que muitos deixaram de procurar os atendimentos médicos.
“Idosos são um grupo de risco para a covid-19, e por isso necessitam de maiores cuidados, principalmente voltados ao isolamento, porém muitos deixaram de acompanhar doenças crônicas por medo e, neste momento, estão procurando atendimento de urgências por descontrole de suas doenças crônicas”, afirmou.
O neurologista ainda salienta que o isolamento social aumentou os sintomas de ansiedade nesta faixa etária.
“É um grupo que tende a ter poucas atividades externas e nesse momento o isolamento não permite essas interações e atividades sociais, o que também tem provocado um aumento importante de sintomas ansiosos nesta população”, acrescentou.
Dessa forma, durante a pandemia da Covid-19, uma solução apontada pelos especialistas para a prevenção do comprometimento cognitivo severo e transtornos de humor, como depressão, ansiedade e bipolaridade, está na adoção de um estilo de vida saudável, mantendo contato social através de meios digitais, a exemplo do Zoom e do WhatsApp, além da realziação de atividades ocupacionais que estimulem um propósito de vida.