Na noite desta quinta-feira (8/10), o secretário executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, anunciou que o Brasil tem a previsão de oferecer, ao menos, 140 milhões de doses da vacina contra o novo coronavírus (Covid-19) no primeiro semestre de 2021.

Na ocasião, o diretor do Departamento de Informática do SUS, Jacson Venâncio de Barros, disse também que o governo ainda estuda um comitê de como será o programa nacional de vacinação no país, porém, já prevê o cadastro obrigatório por meio do CPF das pessoas vacinadas para monitoramento de eventuais reações.

“Diferente de outras campanhas, ela exigirá a identificação do cidadão, através do uso do CPF. Esse registro vai permitir o monitoramento constante de eventos adversos, todos os sistemas de comunicação estarão conectados”, afirmou Jacson.

Barros também revelou que está em desenvolvimento um modelo de certificado de vacinação em PDF. Esse documento funcionará com dados em QRCode e será emitido em uma plataforma do Sistema Único de Saúde (SUS). Por lá, cada vacinado poderá salvar ou compartilhar o comprovante, e o documento poderá ser validado por terceiros, inclusive com uso de uma chave de segurança para garantir a autenticidade.

Outras informações

Na previsão de 140 milhões de doses da vacina, são considerdas duas fontes de fornecimento: uma será o acordo fechado pelo Brasil com a iniciativa COVAX Facility, liderada pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A outra, é oriunda do contrato que o governo também já fechou com a AstraZeneca/Universidade de Oxford.

Com a COVAX, são estimadas doses para vacinar cerca de 20.242.106 pessoas, sendo elas de três grupos especifícos: indivíduos com 80 ou + (4.441.053), pessoas com morbidades (10.766.989) e trabalhadores de saúde (5.034.064).

Todas as vacinas candidatas do portifólio COVAX preveem a aplicação de duas doses para imunização completa, assim como ocorre com o imunizante projetado pelos parceiros AstraZeneca/Oxford. Assim, a estimativa de 140 milhões de doses seria suficiente para imunizar aproximadamente 70 milhões de brasileiros, ou seja, 33% da população.

O governo ainda prevê a produção própria de doses no segundo semestre e ainda avalia novos acordos com outros fornecedores.

Cada dose da vacina, recebida por meio da COVAX Facility, custará US$ 21,90, segundo informou o governo. No total, o acordo com a OMS estima um desembolso de R$ 2,5 bilhões, e um primeiro pagamento de R$ 830.895.256,59 já foi feito, de acordo com o ministério.

Presentemente, o portifólio da Covax considera os seguintes desenvolvedores como potenciais fornecedores da vacina: Inovio, Moderna, Curevac, ThemisMerk, Oxford/AstraZeneca, Novavax, Universidade Queensland, Clover e Universidade de Hong Kong.

No acordo com os produtores AstraZeneca/Oxford, a previsão é de que sejam entregues 100 milhões de doses, ainda no primeiro semestre de 2021.

Já no segundo semestre, são esperadas a produção de mais 165 milhões de doses. De acordo com o ministério, o custo estimado por dose será de US$ 3,16.

Ademais, o ministério afirma que monitora outras vacinas, a exemplo da chinesa, que será produzida pelo Butantan. Entretanto, para essa, ainda não há definição sobre compra de doses.

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