No domingo (25/10), após ser abordado por um homem na saída da feira permanente do Cruzeiro, no Distrito Federal, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) acabou se irritando. O mandatário foi questionado sobre o preço do arroz nos supermrcados brasileiros. (vídeo ao final da matéria)

Ao abordar o presidente, o homem pediu: “Bolsonaro, baixa o preço do arroz, por favor. Não aguento mais”.

Na sequência, Bolsonaro respondeu: “Tu quer que eu baixe na canetada? Você quer que eu tabele? Se você quer que eu tabele, eu tabelo. Mas você vai comprar lá na Venezuela”.

Após a fala do presidente, o homem saiu sem dizer mais nada. Bolsonaro retrucou diante de apoiadores, seguranças e jornalistas: “Fala, e vai embora”.

No domingo, Jair Bolsonaro tirou a manhã para passear de moto pelo DF, acompanhado pelos ministros general Luiz Eduardo Ramos (da Secretaria de Governo) e general Walter Braga Neto (da Casa Civil).

No interior do mercado, Bolsonaro foi recebido por apoiadores e ouviu palavras favoráveis durante todo o tempo. No entanto, na saída do local, ele chegou a ouvir gritos de “fora, Bolsonaro!” e de “eu te amo”.

Aumento do arroz

A prévia da inflação oficial brasileira, pressionada pela alta de preços dos alimentos e das passagens aéreas, registrou neste mês de outubro sua maior alta, desde 1995.

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA-15 (Índice de Preços ao Consumidor Amplo 15) acelerou para 0,94% no mês, após alta de 0,45% em setembro.

Com isso, o resultado ficou acima da expectativa dos economistas; era prevista uma alta de 0,83% para o indicador em outubro, conforme a mediana das projeções colhidas pela Bloomberg.

No caso do grupo de alimentação e bebidas, o aumento foi de 2,24% na prévia da inflação de outubro, alta puxada pelos alimentos consumidos em domicílio (2,95%).

Entre os alimentos, os principais destaques foram óleo de soja (22,34%), arroz (18,48%), tomate (14,25%), leite longa vida (4,26%) e carnes (4,83%).

Em setembro, mais especificamente no dia 9, o governo decidiu zerar a alíquota de importação para o arroz em casca; benefício em vigor até 31 de dezembro deste ano. À época foi destacado que a medida busca conter a alta nos preços.

A redução temporária está restrita à quota de 400 mil toneladas, incidente sobre arroz com casca não parboilizado e arroz semibranqueado ou branqueado não parboilizado.

Veja abaixo o vídeo do domingo em que Bolsonaro é questionado:

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