Nesta quarta-feira (28/10), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou a importação de matéria-prima para produção de 40 milhões de doses da CoronaVac, vacina chinesa contra o novo coronavírus (Covid-19) que deverá ser produzida pelo Instituto Butantan, situado em São Paulo.

No decorrer da semana passada, a Anvisa já havia liberado a importação de 6 milhões de doses da imunização. Essa quantidade já chegará ao Brasil envasada e prontas para aplicação.

Presentemente, a CoronaVac está na terceira fase de testes. No entanto, a farmacêutica chinesa Sinovac, que é responsável pela vacina, ainda não obteve o registro para aplicação do imunizante no território brasileiro, com isso, ela ainda não pode ser utilizada na população.

Até momento, somente dados parciais, que atestam a segurança da vacina, foram apresentados pelo governo de São Paulo, porém, eles não foram publicados em revistas científicas.

Outras informações

A vacina, batizada de CoronaVac, é alvo de uma recente disputa política, protagonizada pelo Ministério da Saúde, pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e pelo governador de São Paulo, João Doria.

Na semana passada, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, chegou a anunciar a negociação para adquirir as 46 milhões de doses. Entretanto, Bolsonaro mandou cancelar a compra. Na sequência, o ministério divulgou um novo posicionamento sobre o assunto, afirmando que não havia intenção de compra.

Autorização

As autoridades paulistas asseguraram que o cronograma de produção da vacina sofreria atrasos diante da demora da Anvisa na liberação da importação de matéria-prima da China.

Em setembro, mais especificamente no dia 18, o Butantan solicitou a autorização excepcional para importação da matéria-prima. A Anvisa negou demora e disse que seguiu o trâmite normal de avaliação do pedido.

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