Nesta quarta-feira (28/10), o governo da Bahia anunciou que será publicado até a sexta-feira (30/10) um decreto autorizando a retomada das aulas no ensino superior, a partir de novembro, mais especificamente no dia 3. Na sequência, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado (APLB-BA) afirmou que é contra a medida. Para a entidade, a situação põe em risco a vida de professores e alunos.
“Nós não vamos aceitar. A orientação nossa é resistir. A nossa posição é ter uma estratégia de ensino remoto, principalmente para o pessoal do terceiro ano que vai fazer o Enem, e preparar para próximo ano, quando vamos ter o ensino hibrido, que é remoto e presencial. E juntar dois anos em um”, disse Rui Oliveira, presidente do sindicato.
Na noite da terça-feira (27/10), a informação já havia sido antecipada pelo governador da Bahia, Rui Costa (PT), durante o programa Papo Correria, transmitido nas redes sociais do petista.
Durante o programa, Rui explicou que cada instituição decidirá se retomará ou não as atividades,porém, assegurou: “Não podemos colocar a condicionante de que as aulas só voltam quando tiver vacina por que se não 2021 também ficará sem aula”.
Outras informações
Segundo o governo da Bahia, esse retorno vai ser aplicado de maneira escalonada, começando pelas universidades, depois Ensino Médio, Fundamental e, por último, o Ensino Infantil.
Em todos os casos, serão exigidas ações sanitárias, a exemplo da metade da lotação das salas, disponibilização de álcool em gel no corredores, além de pias extras para lavagem das mãos.
O secretário estadual de Educação, Jerônimo Rodrigues, afirmou: “Seguindo as etapas, nós estamos facultando, possibilitando, o início das atividades presenciais do ensino superior. Quando a educação básica, nós não temos ainda uma data. Nós temos um decreto do governador que indica as escolas fechadas sem atividades escolares até o dia 15 de novembro. Ao longo desse processo, nós avaliaremos as condições reais sobre a educação básica no estado da Bahia”.
Por meio de um boletim, o Comitê Científico do Consórcio Nordeste também se manifestou e ressaltou que no contexto do Nordeste outros fatores precisam ser levados em consideração, além da situação epidemiológica. De acordo com o grupo, a quarentena acentuou as já conhecidas desigualdades na educação. Com isso, foi recomendado que os estados seguissem um planejamento rigoroso para a volta progressiva e escalonada às aulas, seguindo normas rígidas de prevenção.