Na quarta-feira (28/10), a Petrobras informou que foi computado um prejuízo de R$ 1,5 bilhão no terceiro trimestre deste ano de 2020. Esse é o terceiro resultado negativo seguido da estatal. No mesmo período de 2019, a empresa teve lucro de R$ 9 bilhões. Já no segundo trimestre, o prejuízo foi de R$ 2,71 bilhões.

De acordo com a projeção da Refinitiv, a Petrobras deveria ter tido lucro de, aproximadamente, R$ 736 milhões no período.

A companhia destacou que o prejuízo ocorreu porque os ganhos com volumes de vendas de petróleo e derivados foram “mais do que compensados” por despesas financeiras, principalmente prêmios pagos na recompra de títulos.

Ainda segundo a estatal, excluindo itens não recorrentes, a empresa garantiu que poderia ter registrado lucro líquido de R$ 3,2 bilhões.

“Vale ressaltar que, embora inferiores ao segundo trimestre, as perdas cambiais ainda são elevadas em função do nível de exposição cambial de R$ 242 bilhões e da desvalorização do real frente ao dólar em 2,9% no período”, reiterou a empresa.

Antes, o lucro de juros, impostos, amortização e depreciação ajustado (Ebitda) havia somado R$ 33,4 bilhões, contra R$ 32,6 bilhões no mesmo período do ano passado.

O terceiro trimestre também foi marcado pela recuperação da demanda de derivados de petróleo no Brasil, apresentando um crescimento de 18% no volume de vendas em relação ao período imediatamente anterior.

“Destacam-se a recuperação das vendas de diesel e gasolina. Esses produtos foram muito afetados pela Covid-19 no segundo trimestre e essa recuperação trimestral foi a mais forte em nosso portfólio, tanto em termos de volumes quanto de preços”, pontuou a companhia, em outro trecho de seu relatório para investidores.


Na avaliação da composição da receita no mercado interno, o diesel e a gasolina responderam por 69% da receita nacional de vendas de derivados de petróleo da companhia. Na sequência está o GLP, com 11%.

“Apesar do aumento de 39% nas receitas de venda trimestrais, o custo dos produtos vendidos cresceu apenas 13%, principalmente devido a custos unitários estáveis e ao maior volume de nosso petróleo bruto no mix de vendas”, finalizou companhia.

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