Nesta terça-feira 910/11), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), usou as redes sociais para defender o compromisso da Câmara com a vacina contra o novo coronavírus (Covid-19). O pronunciamento acontece no mesmo dia em que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) comemorou a suspensão dos testes da vacina chinesa, batizada de Coronavac, que é desenvolvida pelo laboratório Sinovac.

Na publicação, Maia também mencionou outras declarações do mandatário brasileiro, realziadas na presente data. Em cerimônia no Planalto, Bolsonaro assegurou que o Brasil tem que “deixar de ser um país de maricas” e enfrentar a pandemia de Covid-19 “de peito aberto”.

O presidente brasileiro ainda frisou que, “quando acaba a saliva, tem que ter pólvora”, ao se referir à Amazônia, sem citar diretamente o presidente eleito pelos Estados Unidos, Joe Biden. Durante um debate com o adversário político, Donald Trump, em setembro, o democrata cogitou impor sanções ao Brasil devido ao desmatamento na Amazônia.

“Entre pólvora, maricas e o risco à hiperinflação (sic), temos mais de 160 mil mortos no país, uma economia frágil e um estado às escuras [referência à crise de energia no Amapá]. Em nome da Câmara dos Deputados, reafirmo o nosso compromisso com a vacina, a independência dos órgãos reguladores e com a responsabilidade fiscal”, garantiu Maia.

Reprodução / Twitter

Falas de Bolsonaro

Ao longo da terça-feira, Bolsonaro reclamou em um evento no Palácio do Planalto que “tudo agora é pandemia”.

“Não adianta fugir disso, fugir da realidade. Tem que deixar de ser um país de maricas. Olha que prato cheio para a imprensa. Prato cheio para a urubuzada que está ali atrás. Temos que enfrentar de peito aberto, lutar. Que geração é essa nossa?”, pontuou Bolsonaro.

No mesmo discurso, o presidente salientou: “Assistimos há pouco aí um grande candidato a chefia de Estado dizer que, se eu não apagar o fogo da Amazônia, ele levanta barreiras comerciais contra o Brasil”.

Em setembro, ainda como candidat à presidente dos Estados Unidos, Joe Biden disse que buscaria “organizar o hemisfério e o mundo para prover US$ 20 bilhões para a Amazônia”. O político também ressaltou que o Brasil pode enfrentar “consequências econômicas significativas” se não parar de “destruir” a floresta.

Seguindo sem felicitar Biden pela vitória nas eleição dos EUA, Bolsonaro não citou o nome do presidente eleito no país norte-americano.

“E como é que podemos fazer frente a tudo isso? Apenas a diplomacia não dá, não é, Ernesto [Araújo, ministro das Relações Exteriores]? Quando acaba a saliva, tem que ter pólvora, senão, não funciona. Não precisa nem usar pólvora, mas tem que saber que tem. Esse é o mundo. Ninguém tem o que nós temos”, assegurou Bolsonaro no evento no Planalto.

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