Nesta quarta-feira (18/11), a farmacêutica norte-americana Pfizer e o laboratório alemão BioNTech afirmaram que fizeram uma proposta ao governo brasileiro para a comercialização da vacina BNT162b2 contra o novo coronavírus (Covid-19).

No período da manhã, as empresas anunciaram a conclusão dos testes e destacaram que o imunizante tem 95% de eficácia.

“A Pfizer fez uma proposta ao governo brasileiro, em linha com os acordos que temos fechado em outros países – inclusive na América Latina, que permitiria vacinar alguns milhões de brasileiros no primeiro semestre, sujeita à aprovação regulatória”, diz trecho da nota enviada pela empresa.

O comunicado também ressalta que a empresa aturá em parceria com aAgênc ia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), “para fornecer todos os dados necessários para avaliação” de segurança do imunizante.

Cabe frisar que o Brasil ainda não fez acordo para adquirir a referida vacina, porém, nesta semana o governo recebeu executivos da Pfizer para, segundo o Ministério da Saúde, “conhecer os resultados dos testes em andamento e as condições de compra, logística e armazenamento oferecidas pelo laboratório”.

No comunicado, a Pfizer ainda salientou que já traçou estratégias para contornar o que vem sendo apontado com um dos pontos de atenção em relação ao imunizante: a necessidade de conservação em baixíssimas temperaturas.

“A companhia elaborou um plano logístico detalhado com ferramentas para apoiar o transporte eficaz, armazenamento e monitoramento contínuo da temperatura da potencial vacina contra a Covid-19. Para isso, foi desenvolvida uma embalagem especial (em formato de caixa) com temperatura controlada, fácil de transportar e manipular, que utiliza gelo seco para manter a condição de armazenamento recomendada (…) por até 15 dias”, assegurou a empresa.

Testes da fase 3
A BNT162b2, que está sendo testada no Brasil, foi a primeira vacina contra a Covid-19 a ter os testes de fase 3 concluídos. Nos resultados que foram divulgados pela empresa responsável, foi assegurado que a eficácia alcançada foi do imunizante é de 95% na prevenção da doença, e não houve efeitos colaterais graves. Entretanto, os dados ainda não foram publicados em revista científica.

Os estudos da vacina, segundo a empresa, analisaram 170 casos confirmados de pessoas que foram infectadas pelo novo coronavírus. Os testes envolveram pessoas com mais de 65 anos e, a partir desta faixa etária, a vacina se mostrou mais de 94% eficaz.

A taxa de eficácia representa a proporção de redução de casos entre o grupo vacinado comparado com o grupo não vacinado. Por exemplo, se uma vacina tem 95% de eficácia é o mesmo que dizer que a pessoa tem 95% menos chance de pegar a doença se for vacinada do que se não for.

Emergência

Ademais, a farmacêutica pontuou que todos os dados de segurança exigidos pela agência americana de saúde, a Food and Drug Administration (FDA), para a Autorização de Uso de Emergencial foram alcançados. Com isso, a Pfizer revelou que pretende entrar com o pedido de uso emergencial na sexta-feira (20/11).

O intuito da empresa é produzir globalmente até 50 milhões de doses de vacina em 2020 e 1,3 bilhão de doses até o final de 2021.

Em julho deste ano, os Estados Unidos (EUA) fecharam acordo com os laboratório para comprar 100 milhões de doses ainda este ano pelo valor de US$ 1,95 bilhão.

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