Com a anuência do Conselho Deliberativo, em reunião realizada na última quinta-feira, o Vitória utilizará R$ 3 milhões para quitar salários atrasados e encargos trabalhistas de atletas, funcionários e prestadores de serviço do clube.
O valor é referente a um bônus de R$ 30 milhões a que o clube tinha direito quando assinou um contrato de direito de transmissão dos seus jogos, que seria dividido em seis parcelas de R$ 5 milhões. Em 2018, houve um adiantamento de R$ 18 milhões para quitar uma dívida.
Em entrevista ao site Globo, o diretor jurídico do Vitória, Dilson Pereira, revelou que a verba antecipada já tem direcionamento.
“Para cobrir o que está em atraso, [o valor] provavelmente servirá. Fora de salário, nós temos outras situações de urgência, mas que ficarão em segundo plano. A prioridade única do Vitória, nesse momento, é pagar salário; liquidar esse passivo”, afirmou Dilson.
Entre os prestadores de serviço que terão os salários quitados, ou pelo menos amortizados, como afirma o diretor jurídico, estão os médicos do clube, que estão sem receber e deixaram de viajar com a delegação rubro-negra para as partidas longe de Salvador.
“Se há algum passivo com os médicos, e me parece que há um atraso, ele deve ser liquidado, ou pelo menos amortizado, a partir da entrada desses recursos. A gente vai pagar os salários dos nossos trabalhadores e aos prestadores de serviço, como os médicos do clube, entre outros prestadores de serviço, que tenham uma maior rotina dentro do clube. Essa obrigação desse recurso visa liquidar salários, encargos trabalhistas, atrasos com prestadores de serviço e essa obrigação na justiça”, disse.
Agora o Vitória corre atrás da liberação desse dinheiro, que ainda não tem data para cair na conta do clube.
“Não tem prazo para sair o dinheiro. A gente está lutando com relação à situação, mas não tem o prazo, porque a gente teve a autorização do Conselho Deliberativo agora. A gente vai atrás dos bancos pré-selecionados para conseguir aprovar a operação”, pontuou Dilson Pereira.