O governo federal está estudando a possibilidade de criar um programa de microcrédito para os beneficiários qualificados no programa Bolsa Família. Inicialmente, seriam liberados valores de R$ 500 até R$ 1.000, conforme revelou o Uol.
No entanto, ainda não está definido se o dinheiro dos empréstimos terá origem em recursos orçamentárias da União ou da Caixa. O orçamento inicial do programa, segundo o Uol, não deve superar R$ 2 bilhões.
A publicação também ressaltou que, como o Auxílio Emergencial, criado em função da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), termina neste ano de 2020, o governo analisa outras medidas, a exemplo do auxílio-creche de R$ 52 por mês e prêmios de até R$ 1.000 que serão destinados aos “bons alunos”.
O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, inclusive, já declarou que pretende transformar o aplicativo Caixa Tem, utilizado no Auxílio Emergencial, em um banco digital e fazer uma oferta inicial de ações. Entre os produtos que ele deseja oferecer aos correntistas está o microcrédito, com empréstimos de até R$ 1.000.
Caso o governo realmente decida por direcionar recursos do orçamento para o programa, o objetivo é que um fundo seja estruturado nos mesmos moldes do que foi criado para o Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte).
A equipe econômica também avalia se o risco de crédito das operações será 100% do fundo ou se será dividido com a Caixa.
Ademais, apesar das discussões sobre o programa estarem avançadas, técnicos da equipe econômica têm alertado ao ministro da Cidadania e gestor do Bolsa Família, Onyx Lorezoni, que a medida precisa ser pensada com bastante cautela, para que o microcrédito não se torne algo que levará somente ao consumo imediato, sem o uso consciente dos valores.
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