O reajuste dos planos de Saúde neste ano de 2020 foi quatro vezes maior do que a inflação. Segundo dados publicados pela reportagem da Folha de S. Paulo, enquanto entre janeiro e outubro o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 2,2%, o aumento autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), responsável pelo controle dos reajustes, aos planos de saúde, foi de 8,14%.

Esse percentual de 8% foi aplicado aos planos individuais e familiares contratados a partir de janeiro de 1999 ou adaptados à lei nº 9.656/98, traz a matéria.

No mês de agosto, a ANS chegou a determinar a suspensão do reajuste de parte dos convênios. À época, a medida foi justificada sob o argumento da crise gerada pela pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Com isso, os planos de saúde que já tinham aumentado seus valores e tiveramos respectivos reajustes suspensos.

Ao longo da matéria, é reiterado que a ação surtiu efeito no IPCA, porém, a conta vai chegar para o cidadão, tendo em vista que a medida vale somente até este mês.

Conforme explicou o advogado consultado pela reportagem, Rafael Robba, “essa determinação não resolveu o problema, só adiou. Em janeiro, o consumidor vai ter que pagar a dívida”.

Em nota encaminhada à Folha, a agência destacou que, tecnicamente, não é correto comparar reajuste de plano de saúde com a inflação. Segundo eles, o aumento dos planos considera índices de valor do próprio setor.

Ainda conforme a reportagem, a entidade também garantiu que como ocorre em outros países, os preços dos serviços de saúde tendem a crescer acima da média dos demais preços da economia.

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