Na noite desta terça-feira (8/12), o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou, em declaração à imprensa no Palácio do Planalto, o governo federal comprará qualquer vacina contra o novo coronavírus (Covid-19), desde que tenham registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“Vale ressaltar que qualquer vacina aprovada e certificada pela Anvisa, será comprada pelo Governo Federal e distribuída para toda a população que desejar ser vacinada. Tenham certeza, que é um compromisso do Governo Federal vacinar todos os que precisam ser imunizados e aqueles que desejarem”, assegurou Pazuello, que mais cedo participou de reunião sobre o assunto com governadores.
Ainda conforme pontuou Pazuello, o Ministério da Saúde “acompanha a evolução de imunizantes para Covid-19 em passos acelerados e com total responsabilidade”.
Sem mencionar os governadores, o ministro destacou que compete ao ministério o planejamento da vacinação em todo o território brasileiro: “Não podemos dividir o Brasil num momento difícil que todos nós passamos”.
Um dia antes, na segunda-feira (7/12), o governador João Doria (PSDB) já havia anunciado que o início da vacinação em São Paulo irá acontecer no dia 25 de janeiro. Na ocasião, será ministrada a vacina chinesa, batizada de CoronaVac, que é desenvolvida pelo laboratório Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. Essa imunização, havia sido vetada pelo presidente Jair Bolsonaro em nobembro.
Outras informações
Após o pronunciamento do ministro, Bolsonaro usou uma rede social para assegurar que a vacina não deve ser usada “para fins políticos”.
“O Brasil disponibilizará vacinas de forma gratuita e voluntária após COMPROVADA EFICÁCIA E REGISTRO NA ANVISA. Vamos proteger a população respeitando sua liberdade, e não usá-la para fins políticos, colocando sua saúde em risco por conta de projetos pessoais de poder”, escreveu Bolsonaro.
Na coletiva desta terça-feira, Pazuello também garantiu que o Brasil tem 300 milhões de doses de vacinas asseguradas, à espera da conclusão dos testes e de aprovação pela Anvisa.
Dessas 300 milhões de doses, conforme informou o ministro, 260,4 milhões são do laboratório AstraZenica e da Fundação Oswaldo Cruz (100,4 milhões no primeiro semestre e 160 milhões no segundo) e 42,5 milhões de doses do consórcio internacional Covax-Facility.
Por fim, Pazuello salientou que já foi assinada uma carta de intenções para a aquisição de mais 70 milhões de doses da farmacêutica Pfizer, cuja vacina começou a ser aplicada nesta terça-feira no Reino Unido.