Na sexta-feira (11/12), o registro civil da Bolívia autorizou, pela primeira vez, uma união entre pessoas do mesmo sexo no país. O reconhecimento foi realizado após uma árdua batalha judicial que durou cerca de dois anos, e pode abrir o caminho para uma revisão nas leis sobre o casamento na localidade.

Os noivos foram o advogado e ativista LGBTQI de 45 anos, Guido Montaño, e David Aruquipa, um empresário de 48 anos. O casal vinha tentando formalizar a união desde 2018, no entanto, tiveram o pedido negado pelas autoridades bolivianas, tendo em vista que a Constituição do país, criada em 2009 pelo governo de Evo Morales, não contempla o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

O casal vive juntos há mais de 11 anos e contaram à France Presse que decidiram levar o caso à Justiça por acreditarem que a proibição “violava os padrões internacionais de direitos humanos”. Eles argumentaram que a lei boliviana era discriminatória.

“É um passo inicial, mas o que nos inspira é poder promover mudanças na lei”, afirmou Aruquipa à agência de notícias Reuters.

No entanto, apesar da oposição considerável de grupos religiosos na região, a união civil entre pessoas do mesmo sexo vem ganhando espaço na América Latina: Argentina, Equador, Brasil, Colômbia, Uruguai e em algumas partes do México, esse tipo de união já é reconhecida.

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