Durante o enterro do corpo de Everaldo de Oliveira Silva, 53 anos, neste domingo (19), às 16h30 no Cemitério Campo Santo no bairro da Federação, colegas de profissão pararam de rodar em Salvador deixando milhares de passageiros a espera do retorno dos trabalhos. O cobrador morreu na manhã de hoje no Hospital Teresa de Lisieux onde permanecia internado desde o dia 04 de abril. O sindicato dos Rodoviários confirmou que os ônibus não circularam no horário do enterro em memória do rodoviário, que morreu de forma violenta, após oito homens invadirem um ônibus da empresa Praia Grande e atearem fogo ao veículo sem deixar que o cobrador saísse do carro.
Durante o enterro cobradores e motoristas que acompanhavam o cortejo fúnebre, reclamaram da falta de segurança nos transportes públicos de Salvador, e estavam planejando parar novamente nesta segunda-feira (20). O sindicato dos rodoviários foi procurado para confirmar a decisão mas desmentiu. Enquanto isso, os soteropolitanos estão nos pontos de ônibus da cidade, enquanto a frota volta aos poucos, a partir das 18h.
O caso
Everaldo de Oliveira Silva tentava apagar um incêndio no ônibus provocado por moradores, na Ribeira, que protestavam contra a morte do garçom Fabiano Souza Santos, sequestrado dentro de sua residência no bairro de Massaranduba e encontrado morto horas depois no Viaduto dos Motoristas, na Baixa do Fiscal. Familiares e vizinhos afirmam que o crime foi cometido por uma milícia formada por policiais militares.