A aprovação do financiamento de empresas a partidos representa um grande retrocesso na democracia brasileira. Constitucionalizar essa medida é tudo que o país não necessita neste momento.
As grandes corporações, inclusive bancos e construtoras, capturam o poder político do Brasil no momento em que o supremo discute a Ação Direta de Inconstitucionalidade, proposta pela OAB, que visa extirpar esse mal da disputa eleitoral. Seis Ministros já votaram a favor, mas o processo está parado pelo pedido de vistas de Gilmar Mendes.
O presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), golpeia a população com uma medida que aprofunda o distanciamento entre a sociedade e a política. O Brasil necessita o contrário, fortalecer os vínculos do povo com as decisões tomadas no parlamento, e para isso é fundamental afastar o poder econômico das eleições.
O Sindicato dos Bancários da Bahia continua coletando assinaturas para o Projeto de Lei de Iniciativa Popular da coalizão por uma reforma política democrática, cujo teor encontra-se no site eleicoeslimpas.org.br.
As manifestações que fizemos no Brasil, em junho de 2013, tinham por objetivo diminuir o fosso da falta de representatividade dos políticos com a população, mas parece que a maioria dos parlamentares, com honrosas exceções, não entendeu o recado das ruas ou, propositalmente, fingem não ouvir as críticas da sociedade.
O Sindicato vai pressionar para impedir que essa PEC seja aprovada no Senado. Augusto Vasconcelos, Presidente do Sindicato dos Bancários da Bahia bancariosbahia.org.br
