A advogada Bruna Holtz, dona do cão buldogue assassinado pelo tenente Wilson Júnior,no último domingo (13), fez uma desabafo nas redes sociais nesta quarta-feira (17), e contou detalhes sobre o caso ocorrido em um condomínio, na cidade de Teixeira de Freitas.

Em uma postagem feita do Facebook, Bruna agradece a todos pelo carinho e solidariedade. A advogada se disse muito magoada e revelou que o cão nem chegou a fazer xixi na grama do tenente Wilson Júnior, como divulgado. “O QUE FOI QUE ELE FEZ? Sim..porque nem XIXI ELE FEZ no gramado dele. Só passamos perto do jardim dele e nada fizemos”, contou.

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A dona dos cães disse que o animal nem chegou a fazer xixi no gramado do tenente

Ainda de acordo com a tutora, os problemas começaram no dia anterior ao crime, quando ela realizava os passeios diários com Apollo e a outra cadela da advogada. “Tudo começou quando a minha filha sobrevivente só cheirou a grama dele e quando cheguei do passeio ele me mandou uma carta por debaixo da porta me ameaçando, caso meus filhos invadissem o seu jardim e “cavasse”, ele não ia responder pelos atos dele”, descreve.

Bruna disse também que chegou a procurar a síndica para comunicar a postura do tenente e foi advertida sobre o comportamento “problemático e perigoso” do policial. No dia do crime, a dona dos cães afirmou que o policial atirou contra ela, mas por um “milagre” como relata na postagem, não foi atingida. Desesperada ela correu com a cadela Bella e se escondeu atrás de um muro. Já Apollo não conseguiu ser salvo e foi alvejado quatro vezes por disparos de pistola.

Outra versão

Já o tenente Wilson Júnior, registrado pelas câmeras do circuito interno de segurança do condomínio, alegou que está assustado com a repercussão do caso e revelou estar com problemas psicológicos, conforme relatou o comandante do Colégio Militar de Teixeira de Freitas (CPM), o tenente coronel Valci Góis Serpa.

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O PM Wilson declarou que perdeu a cabeça e que era pirraçado pela dona dos cães

De acordo com a versão do PM Wilson, estava sendo incomodado constantemente pela advogada e pelos cães, que por várias vezes passavam pela casa onde, apesar de já ter sido chamada a atenção por ele. “Wilson disse que ela pirraçava e que ele ficou preocupado porque tem dois filhos pequenos e constantemente a vizinha passava com os cachorros. No momento em que disparou, alegou que ‘perdeu a cabeça’ ”, relatou Valci.

O comandante informou que o tenente Wilson passará por tratamento psicológico. Em Salvador, no Departamento de Promoção Social. No entanto, a Polícia Militar afirmou que será instaurado um Processo Disciplinar Sumário (PDS) ou Processo Administrativo Disciplinar (PAD), para apuração dos fatos, que pode resultar desde punições administrativas até a expulsão da corporação.