Em documento apresentado à Justiça Federal de São Paulo, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), entidade responsável pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), defendeu que “é perfeitamente possível e segura” a permanência das datas do concurso – programado para acontecer nos dias 17 e 24 de janeiro.

“A realização do exame na data marcada é perfeitamente possível e segura para todos os envolvidos, não havendo riscos de ordem sanitária”, diz trecho da defesa.

Segundo o Inep, o Enem já foi adiado anteriormente por causa da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) e, com isso, foram adotadas todas as medidas sanitárias para que o exame possa ser realizado com segurança, a exemplo do uso de máscaras faciais, o distanciamento social, a diminuição da quantidade de pessoas em sala, a higienização dos locais e materiais, bem como o uso de álcool em gel 70%.

Ainda conforme enfatizou o instituto, adiar o concurso agora iria fragilizar e colocar em risco políticas públicas, como o sistema de cotas e o financiamento estudantil, “instrumentos que por sua vez são chaves para minorar as desigualdades sociais tão alarmantes hoje no nosso país”.

Na sexta-feira (8/1), a Defensoria Pública da União havia recorrido à Justiça Federal, visando o adiamento da realização do exame. Na justificativa do pedido, foi ressaltada a falta de segurança para realizar a atividade avaliativa, em meio à evolução da pandemia da Covid-19 no território brasileiro.

Ao todo, mais de 5,7 milhões de candidatos se preparam para as provas.

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