Em entrevista à Folha de S. Paulo, Alexandre Lopes, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão do Ministério da Educação (MEC) responsável pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), frisou que a prova precisa ser vista como “atividade essencial”, em virtude de sua importância para o ingresso de estudantes no ensino superior.

A fala acontece em um cenário de reafirmação do órgão sobre a realização do exame, mesmo em meio a pedidos de suspensão, em virtude do avanço da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). As provas, inclusive, estão marcadas para os próximos dois domingos, dias 17 e 24 de janeiro, respectivamente.

Ainda segundo Lopes, os prefeitos das cidades brasileiras podem tomar ações para reduzir a circulação nas cidades nos dias do exame e que, dentro das salas de aplicação, os protocolos são muito rígidos.

“Se o aluno tirar a máscara, está eliminado e sai da escola. No ambiente de prova, garantimos o protocolo, o que não acontece fora”, assegurou ele ao jornal.

Na oportunidade, ele também falou sobre a situação de calamidade vivida no Amazonas, sobretudo em Manaus. O Inep recorreu a uma decisão judicial que suspendia o exame no estado. Em seguida, o governo publicou um novo decreto que barrou a realização da prova e, na análise do recurso, a Justiça confirmou a reaplicação em fevereiro.

“A decisão foi muito boa. Permite que Inep, governo e prefeitura possam, juntos, assegurar a reaplicação em todo estado em 23 e 24 de fevereiro”, pontuou ele com relação à situação no Amazonas. No entanto, ele frisou que o Inep não tem como garantir a reaplicação de forma generalizada.

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