Na manhã da sexta-feira, 22 de janeiro, durante uma coletiva de imprensa, o prefeito de Itabuna, Augusto Castro, assinou um contrato de prestação de serviço emergencial com o grupo Atlântico, empresa que vai oferecer serviço de transporte público coletivo na cidade.
Um dia antes, na quinta-feira, 21 de janeiro, os moradores do município baiano completaram dez meses sem ônibus do transporte público circulando nas ruas da cidade.
O grupo Atlântico é oriundo de Vitória da Conquista, cidade do sudoeste da Bahia, e chega a Itabuna com a promessa de ônibus modernos, confortáveis e com um sistema online onde o passageiro vai poder acompanhar o trajeto e duração da viagem.
Na ocasião, o secretário de Transporte e Trânsito, Thales Rodrigues da Silva, destacou que, inicialmente, 50 ônibus devem rodar no sistema integrado, ou seja, Itabuna terá pela primeira vez uma estação de transbordo.
Entretanto, a prefeitura não revelou a data exta para a volta do serviço. Foi frisado somente que a previsão é de que os ônibus cheguem no município já na próxima semana.
Outras informações
Cerca de 400 funcionários das duas empresas que prestam o serviço relatam estar sem receber salários e, enquanto não há acordo entre a prefeitura e donos das empresas, a população segue sem o transporte.
No início de março de 2020, parte da categoria realizou um protesto por ter recebido parcialmente os salários do mês. Naquela época, a empresa São Miguel afirmou que passava por dificuldades financeiras e não poderia arcar sozinha com os custos.
Já no dia 30 de março, a Associação das Empresas de Transportes Urbanos (Aetu) informou que cancelaria de vez a circulação dos ônibus por causa do isolamento social necessário em meio à pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
De lá para cá, os trabalhadores asseguram que permanecem sem receber os salários e, os ônibus, sem circular na cidade. Vans e ônibus do sistema escolar tem atendido a população, mas a quantidade de veículos não tem sido suficiente para toda a demanda.
Vale lembrar que Itabuna, até então, era atendida por duas empresas de transporte coletivo que totalizavam uma frota de 90 ônibus. Antes da pandemia da Covid-19, o município contava com 600 trabalhadores da área. No entanto, segundo o Sindicato dos Rodoviários, cerca de 100 funcionários haviam sido demitidos até junho de 2020.
Presentemente, 400 trabalhadores compõem o quadro dos rodoviários em Itabuna e, os que permanecem, tiveram a carga horária e o salário reduzidos.