A Justiça do Trabalho concedeu uma liminar, na noite de sexta-feira (5), proibindo a demissão coletiva de funcionários da fábrica da Ford localizada em Camaçari. Ficam proibidas as demissões até que haja uma negociação coletiva entre a montadora e os trabalhadores. O juiz determinou ainda uma multa de R$ 1 milhão por item descumprido nas tratativas em andamento, além de R$ 50 mil por trabalhador atingido.

A decisão tem a assinatura do juiz do trabalho substituto Leonardo de Moura Landulfo Jorge, da 3ª Vara do Trabalho de Camaçari, e, conforme definido, enquanto os contratos de trabalho estiverem em vigor, a montadora permanece proibida de suspender pagamento de salários e de licenças remuneradas. A Ford ainda pode recorrer quanto à liminar.

A empresa também foi proibida de praticar “assédio moral negocial”, ou seja, apresentar propostas ou valores de modo individual durante a negociação coletiva, “devendo, caso seja do seu interesse, informar a coletividade das tratativas através de comunicados oficiais”.

O fechamento das fábricas que a montadora mantinha no Brasil foi anunciado no dia 11 de janeiro, em virtude da crise econômica agravada pela pandemia da Covid-19. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos da Bahia, 12 mil trabalhadores perderiam o emprego em Camaçari.

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